Panorama visto da ponte. Mas que ponte ?


Passada a ressaca futebolística com mais uma desclassificação de nosotros em Copas voltamos à triste realidade do cenário nacional e o panorama visto da ponte ( mas que ponte ?) parece de fato desolador embora não devamos perder as esperanças. Ou perdemos de vez ? A ver : as candidaturas presidenciais(e dos governos estaduais) estão quase todas postas sobre a mesa onde restos de comida democrática apodrecem.O triste banquete servido é desolador até agora. Sem antepastos, sem nada. Goela abaixo de comida requentada.
Começando pelo execrável Jair Bolsonaro, produto da completa desinformação sobre nosso passado recente é uma situação de fazer chorar muito embora eu creia que o coronel babão já atingiu o seu teto. Agora com a propaganda eleitoral vai se repetir sobre ele o tal efeito Russomano. Infla e esvazia. O mesmo vai se dar com o Napoleão de hospício Ciro Gomes que anda em círculos, cachorro mordendo o próprio rabo acenando pra qualquer corrente ideológica que lhe dê apoio. E, como sempre regurgitando estultices com sua verborragia de cangaciro , paladino de uma justiça que desconhece. 
Marina Silva é a de sempre. Insípida, inodora, anódina, oportunista. Deixou de ser opção faz tempo. Aí passamos a Geraldo Alckmin que sempre quis passar a imagem de santarrão, administrador, provedor da moral e bons costumes mas que representa a vanguarda do atraso e quem vive no estado de São Paulo sabe o que estou a dizer. Não à toa somos chamados de Tucanistão.  Flávio Rocha e suas bolsonarices tirou o time. Não precisamos de mais do mesmo .Meirelles e o superlativamente medíocre Rodrigo Maia devem fazer o mesmo em breve. Aí nos resta o que ? Amoedo, Manuela, Boulos ? Sim, pra mim Boulos muito embora eu desconfie do Psol um aglomerado de pseudo revolucionários anacrônicos com algumas honrosas exceções.  Mas votar em Boulos é , infelizmente, como achar que o Juventus da rua Javari na Moóca tem chances de chegar à final da Libertadores. 
    A ponte desabada na verdade é saber que ao fim e ao cabo não existem partidos políticos no Brasil e sim vários coletivos que defendem seus próprios interesses, cabides de emprego , indicações em empresas estatais de bom caixa. Balcões de negócios. Já o poder legislativo federal, estadual, os municipais legislam em causa própria e nosso Judiciário virou uma piada mundial cujo estandarte chefe é esse arremedo de juiz chamado Sérgio Moro. Ou seja não uma mas muitas pontes ruíram.
     O Brasil passou a ser cada vez mais o país dos tristes contrastes, dos gigantescos desastres políticos, um país na UTI que pode ter seus orgãos internos comprometidos nas eleições de outubro. Há esperança de renascer tal qual Fenix, a ave que surge das cinzas ? É improvável , ainda mais se parte do eleitorado ainda achar que a solução se chama Lula, o encarcerado. Essa é a questão. O conluio da canalha nacional encarcerou o condenado independente dele estar certo ou errado. Somos uma triste realidade fantástica sem desfecho cabível por enquanto.  E Gabriel Garcia Marquez, Borges , Rulfo e tantos outros já se foram e não poderão nos dar pistas sobre o epílogo da história. Uma coisa é fato : é preciso reerguer a ponte para só aí poder enxergar algum panorama visto dela.

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