pronomes de tratamento
Ter presenciado a noite passada um estudante ter se enrolado com pronomes de tratamento quando questionava num debate uma intelectual renomada me fez lembrar um episódio recente na mesma linha. Há pouco tempo tomei um puxão de orelhas de um veterano jornalista(guindado recentemente a cargo importante)que ao supervisionar um trabalho para tv que eu finalizava não gostou do tratamento informal que eu dava a um renomado advogado e ex-ministro da justiça. Sem intenção de ofender a autoridade entrevistada( que,aliás, não me pareceu ofendida) eu o tratei por você enquanto o veterano jornalista achava que eu deveria trata-lo por "senhor". Particularmente nunca dei maior importância a esses pronomes de tratamento pois poucos homens a quem eu teria espontaneamente a vontade de chamar de "senhor" dispensam a "honraria". Exemplo ? Ariano Suassuna ... outro exemplo ??? José Saramago... ambos me repreenderam quando em entrevistas os chamei de "senhor". De mais a mais qualquer Renan da vida é chamado de "senhor". De mais a mais o único "senhor" que existe está no céu ???respostas para esta redação...
Comentários
Concordo com o senhor, ops, contigo: chamar o Renan de senhor e o João que levanta às 5 da matina pra pegar no pesado de você é quase uma heresia! abraço
Já espreitei o seu blog, mas tenho que lhe dedicar mais algum tempo porque está muito interessante e tem de ser visto com calma.
Mais uma vez obrigada e agradeço que divulgue o meu blog que eu farei o mesmo com o seu.
Até Breve!
Renans da vida, pra mim, tinham que ter um tratamento bem peculiar, mas impublicável...
Beijoca.
E me remonta a qdo era pequena, minha avó me chamava e eu dizia: "o que é?", logo era repreendida com um "é senhora, menina!". Sempre tive questionamentos sobre aquela pequena celeuma.
Hoje cresci e concordo em gênero e número com você.
Mas tenho uma teoria, que em princípio pode parecer simplista, e talvez seja mesmo, mas na qual eu acredito.
Creio que essa questão toda de pronome de tratamento tem a ver, de um lado, com a intenção de quem fala e do outro, com a arrogância ou não de quem o exige.
Assim, você pode chamar alguém de "você" e ainda manter um nível de respeito elevado, e, como nos nossos bordéis legislativos, usar Vossa Excelência para iniciar um caloroso xingamento ou uma clara acusação. Tudo deveras relativo.
E ainda, ser obrigado a chamar um juiz corrupto ou um jornalista de meia tigela de Meritíssimo, Senhor ou Vossa Senhoria quando com toda a arrogância que lhes é peculiar, rosnam: "Você sabe com quem está falando?"
Daí cheguei à conclusão que a intenção é, definitivamente, o que importa, e que o mal do arrogante é quase sempre não saber nem a metade do que acha que sabe.
Desculpe o ensaio. :o)
Bjo.
Mas tudo tem seu lado positivo e o negativo. Como já foi dito, acredito que não é isto que demonstra o respeito tido pela pessoa com quem se conversa, e além do mais, de nada adianta forçar e ser da boca pra fora...
Mas o mínimo que podemos fazer é respeitar, seja quem for, até quem julgamos não merecer.