CÁSSIA ELLER
Não é que ela era boa porque rugia como leoa
não é que era boa porque destoava
ou porque da sua boca saía mais que a palavra
não é que era boa porque sabia
ou porque na contramão ela vivia
era boa porque navegava
na rascante voz que cantava
reinventando canções
com a alma, com a vulva, com os culhões
Ricardo Soares
Comentários
Tudo bom, Ricardo? Adorei a imagem do dia, adorei o banner on the road. Vou freqüentar.
Obrigada pela visita! Gosto das músicas de Cássia, sim!!
Vejo que você é jornalista, eu estou começando, aprendendo...
Espero que goste do meu blog e me visite sempre.
Abraços
Patrícia
tudo bem? como vc vê eu ainda tô engatinhando na arte de ecrever!! eu era das tintas,aerógrafos...
hoje sou das palavras!! e tô apanhando como sempre!! minhas quase crônicas são testemunha disto!! obrigada pelo belo encontro com Cássia Eller e vc!! enorme abraço carinhoso com muita admiração e respeito ,meu amigo!!AAA!!! vi vc assumindo a personagem Mário de Andrade!! não lembro onde!! era na TV Cultura!? foi genial!! vc é demais!! até!!escreva!! Nadia Stabile
não pude deixar de lembrar.
enfim, Ricardo, gosto da Cássia sim e fiquei um tanto admirada com o seu perfil, quantas conquistas!
mais encantada fiquei, por querer seguir a carreira de Jornalista e vê-lo assim, quase que na projeção do meu esperado futuro, é realmente, muito bom.
gostaria de manter contato, de saber como é sua vida, trocar experiências, seria ótimo.
obrigada pela visita na Minha Era.
um abraço,
até.
Embora reconheça a imensa importância de Cássia à nossa música, devo admitir que trilho por outras caminhadas musicais!
E ah! Obrigada pela visita que fez ao meu Blog.
Keep in touch e parabéns pelos textos, pelas coisas conseguidas com seu belo trabalho de escrita e por contribuir positivamente para a nossa cultura, com produtos como o programa Metrópolis e a revista Raiz!
Beijos e até!
Beijos Mila
Belo espaço.
Voltarei.
Linkado est.
abç
ricardo
Obrigada por passar no meu blog! Eu adoro a Cássia... E realmente, seu poema traduz o que sempre ahcei dela. Mulher forte, decidida e feliz! Viveu livre até os últimos minutos de sua vida...
Ela é, para mim, um grande exemplo!
Beijos
Muito legal sua poesia, disse tudo! Eu sempre achei que Cássia cantava com as vísceras! E a ouço direto, pra mim está mais viva que nunca!
Vou aproveitar essa oportunidade pra te dizer pra dar uma olhada no meu blog, hoje postei sobre "Meus Mestres", e acho que tá bem bacana!
http://reencontrandosuaalma.blogspot.com/2007/10/meus-mestres.html
E agora vou comentar seu post sobre hipocrisia!
Abração!
Analú
Dessa vez é pra te dizer que além de ter gostado muito da poesia sobre a Cássia Eller, também adorei "Grossura", que, apesar do nome, me passou docilidade... Bacana! Estou achando que você veste essa roupa de "rústico", mas, no fundo, é super sensível... Tô enganada?
E outra coisa: lendo seu perfil, vi que você foi um dos criadores do "Metrópolis"! Acho que me lembro de você, dessa época! Você não imagina o que o "Metrópolis" significava pra mim, em certa fase da minha vida! Tanto que eu escrevi uma poesia que cita o programa, e a poesia até ganhou um concurso, acabou sendo publicada numa coletânea!
Vou mostrar pra você, espero que goste:
Só
Sinto-me só.
Os homens reinam nesta casa,
e eu sempre só.
Eles me rodeiam, pedem, chateiam,
mas só.
Cozinho só,
lavo só,
passo só.
Ouço MTV, assisto o Jô,
Metrópolis...
A cidade entra pelos meus olhos
e invade meu sangue,
que borbulha.
As luzes, as músicas, a arte...
Enfiada numa cozinha
de seis metros quadrados
aliso colarinhos e me desespero.
Quero, quero, quero, quero.
E só.
Sou só, assim mesmo.
Não tenho com quem comentar
os livros que leio,
e que me enlouquecem.
Não tenho pra quem cantar
as canções que aprendo.
Os filmes de que gosto,
ninguém os vê.
E os homens reinam, soberanos,
em frente ao futebol, na TV.
São as corridas, a luta-livre,
o Schwarzenegger...
São as garotas de peitos de fora,
o Gessy Lever...
Eles comentam tudo.
Às vezes, num acesso de fome,
me chamam, alucinados.
Eu os sirvo,
serva e só.
Precisam de mim...
É isso que dizem.
Tão dependentes...
E eu, sozinha de tudo,
ainda me dou ao luxo
de lhes ter dó.
Deu pra sentir o que o programa me inspirava? Você, com certeza, ganhou mais ainda minha simpatia!
Abração!
Analú