que tristeza o Jornal do Brasil
Para o bem e para o mal o jornalista, diretor de tv, etc e etc que me tornei foi moldado em parte pela leitura e pelo trabalho no Jornal do Brasil . De 1983 a 1986 trabalhei na sucursal paulista do JB fazendo reportagens e textos para todas as editorias, principalmente para o caderno B do qual me tornei uma espécie de correspondente quase exclusivo entre 84 e 86. A sucursal ficava na avenida Paulista, no prédio do banco Francês e Brasileiro, bem pertinho da Fiesp. Não era raro que eu, um jovem repórter então, tivesse como companheiro de mesa feras do porte dos lendários João Saldanha e Carlos Castelo Branco. Ou seja aprendi muito por ali , com os colegas da sucursal, com as chefias ponderadas de Maria Inês Caravaggi e Armando Figueiredo e com mestres como Zuenir Ventura no Rio.
Agora lembro de tudo isso com nostalgia quando vejo o triste fim que teve o Jornal do Brasil que de jornal mais respeitado do país tornou-se um tabloíde de logotipo azulado e esquisitão. Não sabe se quer ser erudito ou popular. Perdeu sua identidade , seu conteúdo e até sua credibilidade e hoje ao contrário de repórteres e colunistas notáveis e notórios abriga espécimes que fazem rapapés às celebridades em textos toscos e mal ajambrados. Uma dessas colunistas , Anna Ramalho, de quem nunca tinha ouvido falar, escreveu um texto bajulativo à Caetano Veloso no dia 1 dezembro chamado "Em Boa Companhia" que é um primor de ridículo. Seria cômico não fosse trágico. Ia separar um trecho para vocês lerem mas fiquei até com vergonha. Triste saber que espaço hoje ocupado por cronistas de futilidades como essa obscura Anna Ramalho já foi ocupado por gente do calibre de Carlos Drummond de Andrade.Que tristeza o melancólico Jornal do Brasil de hoje em dia...que tristeza para o Rio e para o país.
Agora lembro de tudo isso com nostalgia quando vejo o triste fim que teve o Jornal do Brasil que de jornal mais respeitado do país tornou-se um tabloíde de logotipo azulado e esquisitão. Não sabe se quer ser erudito ou popular. Perdeu sua identidade , seu conteúdo e até sua credibilidade e hoje ao contrário de repórteres e colunistas notáveis e notórios abriga espécimes que fazem rapapés às celebridades em textos toscos e mal ajambrados. Uma dessas colunistas , Anna Ramalho, de quem nunca tinha ouvido falar, escreveu um texto bajulativo à Caetano Veloso no dia 1 dezembro chamado "Em Boa Companhia" que é um primor de ridículo. Seria cômico não fosse trágico. Ia separar um trecho para vocês lerem mas fiquei até com vergonha. Triste saber que espaço hoje ocupado por cronistas de futilidades como essa obscura Anna Ramalho já foi ocupado por gente do calibre de Carlos Drummond de Andrade.Que tristeza o melancólico Jornal do Brasil de hoje em dia...que tristeza para o Rio e para o país.
Comentários
Bjs
Abraço
Bjs
E não precisa mesmo mostrar o trecho... Infelizmente isso acontece cada vez mais, e em todos os cantos do país, em seus "diarios", os quais já foram fonte de informação trazem hj uma porção de coisas entitulada "matérias" que não acrescentam nada na vida do leitor.
Fico triste por vc, que viveu o JB.
Beijos
E os textos toscos e mal ajambrados são cada vez mais comuns na imprensa brasileira. Triste.
Fernando
Cheguei aqui por uma pesquisa por Anna Ramalho. Queria saber quem era a figura que havia escrito: "... para a glória total [de Lula], falta só a capa de Caras".
Lamentável!