ONDE OS FRACOS NÃO TEM VEZ
Acabo de assistir "Onde os Fracos não tem vez" , filme dos Irmãos Coen ( Joel e Ethan) que está cotado naquelas baboseiras de bolsas de apostas hollywoodianas como um dos favoritos para o Oscar. Marketing à parte o filme é pauleira, é paulada , é aquele cinema instigante ( com o perdão do adjetivo gastíssimo)que caracteriza a produção dos brothers Coen desde "Barton Fink" , passando pelo incrível "Fargo" ," The Big Lebowski" , "Na roda da fortuna " e outros como o já remoto "Arizona Nunca Mais", dirigido apenas por Joel. Quando a gente fica um pouco enjoado daquela estética video-clipe & montanha russa do cinema americano, com finais previsíveis e moraizinhas da história é sempre bom lembrar que entre eles temos os Coen que com suas interrupções bruscas da narrativa linear, sua zero concessão a finais felizes e sua atenção à vida como ela é fazem com que cada filme deles seja uma surpresa das mais agradáveis. Não farei aqui sinopse do filme nem ficarei expondo bolodórios e colocando penduricalhos no texto pra dizer que achei o filme muito bom. Deixo isso para aqueles canastras que se levam a sério como o "critico" Zé Wilker um ator que mesmo em sessenta encarnações não terá a competência de Javier Bardem fazendo o psicopata de "Onde os Fracos não tem vez". Fora que no elenco tem craques maravilhosos como Tomie Lee Jones e Woody Harrelson. Se o filme estiver passando na sua cidade corra pra assistir. Se não tiver espere pelo dvd, fuçe na internet , batalhe. É poesia feita de pedra e areia do deserto. Um troço que entra pelo nariz e incomoda. Você espirra dentro de si todo o mau cinema nacional que lhe habita...
Comentários
Vale a pena com certeza.
Abraço.
mas ainda vou ver!!!!
beijo procê.
rsrs
bjm!
detesto o cinema americanóide e fico feliz em encontrar dicas como as de vocês. aqui em minha cidade (campinas) faltam boas locadoras para este tipo de público. é fueda!
eu vi este filme antes de ontem, sozinha, querendo consolo para o fato de uma pessoa super amada ter ido embora pra um país distante.
E eu imaginava que não seria fácil.
E foi mais difícil do que eu imaginava. Depois, sem saber o que pensar do filme, tive uma visão de outro filme que eu vi há vinte e poucos anos atrás, o Sétimo Selo de Bergman. Não sei o que um tem a ver com outro mas o personagem que é o "mistério" evoca tanto a atmosfera da Morte no filme do Bergman. As pessoas saíram reclamando (percebi que elas queriam estrutura, trama, final revelador ou consolador) e esta sensação de que não tem fim porque o filme não tá a serviço do expectador roedor de pipocas já faz do filme um grande filme.
Teorias à parte, que não tenho, fiquei pensando se o filme, afinal, não é feito apenas de alegorias... E o cara que seria o mais mau entre os maus, não seria ele mesmo a Morte com sua lógica de síntese: antes de morrer, que tal manter uma postura mais digna???
Olha, escrevi sem edições.
Raciocínio confuso.
Bjs
beijos