INGRID, DIRETO DO INFERNO
Numa sentada só li hoje na ponte- aérea Rio -Sp o livro " Cartas à mãe, direto do inferno" um pungente relato, na verdade uma catártica carta, escrita por Ingrid Betancourt para sua mãe Yolanda Pulecio e seus filhos Melanie e Lorenzo , além do enteado Sebastien. Escrito de uma vez só no dia 24 de outubro do ano passado é um relato comovente de uma mulher aniquilada em sua auto- estima, sem ânimo para mais nada que paradoxalmente vive através das conquistas dos seus filhos das quais ela tem notícias apenas por fiapos que lhe chegam até a selva através de um programa de rádio que dá voz aos parentes dos sequestrados. O livro me foi presenteado pelo professor Francisco Carlos Teixeira da Silva que participou comigo do programa "Sem Censura" e escreveu o posfácio do livro. Recomendo sobretudo para aqueles que ainda crêem que o conflito colombiano é um jogo maniqueista com mocinhos e bandidos. Ingrid na carta à mãe e aos filhos ,e os filhos em uma carta a ela, revelam por dentro o drama e o descaso de autoridades colombianas com os sequestrados. Uribe no mesmo grau de vilanidade que Marulanda, o líder das Farc.
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Obrigada.