CASO ISABELLA NARDONI- sem limites
Tralli : um repórter ou uma tralha ?
Acabo de assistir, enojado, à edição de hoje do "Jornal Nacional" há muitos anos essa lição de rigor e de primor jornalistico conforme a visão que eles tem de si próprios. Hoje deixaram para o final sua lição do dia de sensacionalismo e manipulação das emoções baratas com uma reportagem do sr. César Tralli ( conhecido por muitos colegas como César Tralha) que entrevistou com ares muito sérios um casal que seria vizinho de um prédio ao lado de onde se deu a tragédia com a menina Isabella. Estimulando a bisbilhiotice, o diz me diz, a fofoca Tralli e o "Jornal Nacional" construiram uma matéria desmontando toda a defesa do pai da criança já que ele teria tido uma briga violenta com sua mulher ( que o xingava com palavrões) pouco antes da tragédia acontecer. O "zeloso" casal apresentado como testemunha conseguiu ouvir tudo do prédio do lado, ( diz o Tralha que a rua é muito residencial ) correu para socorrer a criança assim que ela caiu do sexto andar e ainda garante que foi muito constrangedor ver a madrasta da menina lamentar a falta de segurança na rua e nos prédios em volta. Teria a madrasta inclusive culpado os vizinhos por essa falta de segurança.
Como velho profissional do ramo e como cidadão eu pergunto a quem interessa um tipo de reportagem como essa. Como aquela cara de mauricinho compungido do William Bonner e partner Fátima Bernardes justificam uma nojeira dessas ? Nojeira sim senhoras e senhores ! tenhamos sangue nas veias , indignação nos olhos e nos atos. Matérias como essas são uma nojeira e em que pese todo mundo ficar dizendo que as lições da escola Base serviram para que a imprensa se comportasse melhor agora eu tenho visto sim uma porção de excessos. Do que interessam rumores, ruidos, vizinhos com ânsia de aparecer numa hora dessas ? não devia me espantar com isso quando parte de uma emissora que julga ser o Big Brother algo decente, normal e assistivel. Mas eu me indigno e me envergonho. Por mim , pelo meu país, pela minha profissão. Sou do tempo onde ética e respeito eram sinônimo de bom jornalismo. Onde emoções baratas e endeusamento de fofoqueiros execráveis eram condenáveis.Nas redações do passado por onde andei tipos como Tralli, Cabrini, Datenas seriam condenados ao limbo ou a demissão. Lamentavelmente hoje em dia posam pra fotos, dão palestras, viram celebridades e aparecem ditando normas nas faculdades de comunicação. São referências no meio. Tristes e patéticas referências. Repito que independente de quem tenham sido os criminosos comportamento de gente como esses "profissionais" citados me dão engulhos e me fazem querer ir plantar milho no interior do cerrado e largar de vez essa triste profissão. Sem limites vocês estão senhores, sem limites!
Acabo de assistir, enojado, à edição de hoje do "Jornal Nacional" há muitos anos essa lição de rigor e de primor jornalistico conforme a visão que eles tem de si próprios. Hoje deixaram para o final sua lição do dia de sensacionalismo e manipulação das emoções baratas com uma reportagem do sr. César Tralli ( conhecido por muitos colegas como César Tralha) que entrevistou com ares muito sérios um casal que seria vizinho de um prédio ao lado de onde se deu a tragédia com a menina Isabella. Estimulando a bisbilhiotice, o diz me diz, a fofoca Tralli e o "Jornal Nacional" construiram uma matéria desmontando toda a defesa do pai da criança já que ele teria tido uma briga violenta com sua mulher ( que o xingava com palavrões) pouco antes da tragédia acontecer. O "zeloso" casal apresentado como testemunha conseguiu ouvir tudo do prédio do lado, ( diz o Tralha que a rua é muito residencial ) correu para socorrer a criança assim que ela caiu do sexto andar e ainda garante que foi muito constrangedor ver a madrasta da menina lamentar a falta de segurança na rua e nos prédios em volta. Teria a madrasta inclusive culpado os vizinhos por essa falta de segurança.
Como velho profissional do ramo e como cidadão eu pergunto a quem interessa um tipo de reportagem como essa. Como aquela cara de mauricinho compungido do William Bonner e partner Fátima Bernardes justificam uma nojeira dessas ? Nojeira sim senhoras e senhores ! tenhamos sangue nas veias , indignação nos olhos e nos atos. Matérias como essas são uma nojeira e em que pese todo mundo ficar dizendo que as lições da escola Base serviram para que a imprensa se comportasse melhor agora eu tenho visto sim uma porção de excessos. Do que interessam rumores, ruidos, vizinhos com ânsia de aparecer numa hora dessas ? não devia me espantar com isso quando parte de uma emissora que julga ser o Big Brother algo decente, normal e assistivel. Mas eu me indigno e me envergonho. Por mim , pelo meu país, pela minha profissão. Sou do tempo onde ética e respeito eram sinônimo de bom jornalismo. Onde emoções baratas e endeusamento de fofoqueiros execráveis eram condenáveis.Nas redações do passado por onde andei tipos como Tralli, Cabrini, Datenas seriam condenados ao limbo ou a demissão. Lamentavelmente hoje em dia posam pra fotos, dão palestras, viram celebridades e aparecem ditando normas nas faculdades de comunicação. São referências no meio. Tristes e patéticas referências. Repito que independente de quem tenham sido os criminosos comportamento de gente como esses "profissionais" citados me dão engulhos e me fazem querer ir plantar milho no interior do cerrado e largar de vez essa triste profissão. Sem limites vocês estão senhores, sem limites!
Comentários
Beijos
Liberdade de expressão?? Dá pra defender isso mesmo ou é mais uma piada?
Abraço
beijos.
Achei bacana também o que tem a dizer o jornalista Guilherme Fiuza, que passou por situação muito semelhante. (caso vc nao tenha passado por lá, vale o link)
abraço, Ricardo!
ótimo passar por aqui, encontrar bom senso, pra variar
Ahhh pelo amor de deus, isso já tá virando um circo! Tem jornalista que acha que a profissão dá o direito de acusar, de apontar o dedo em riste e dizer quem é culpado ou não.
Tem horas que eu sinto vergonha da profissão.
Falando em Cabrini, segundo alguns jornais ele foi detido esta madrugada acusado por tráfico de drogas. Depois mandou uma carta para os colegas de profissão dizendo que foi vítima de "armação". vamos ver onde essa história vai dar...
Ótimo texto!
Bjos!
E ainda tem gente que moorre de exclusividade pela Globo, a cabeça já está totalmente fechada , á foi manipulado, coitados. Ah ! Coitados .
Beijããooo .
eu usei meu reader pra filtrar meus sites de notícia ignorando a expressão "caso Isabella".
"Tv aberta" eu não assisto há pelo menos 2 anos.
aliás... não seria o caso de mudar a classificação "tv aberta" pra "tv restrita" pra fazer jus às idéias e aos padrões que se utiliza atualmente?
BjO Ricardo!
Enterrei a minha na lavoura para evitar de babar no colarinho.
REVOLUÇÃO DOS BICHOS
Com a TV as pessoas
Pararam de ler
Com o computador
Pararam de pensar
E os livros foram doados
ao Jardim Zoológico
Abraço
Angelo
Tem um Meme pra vc no meu blog.
Bjs
Não assisto jornal nacional há um bom tempo, não gosto de noticia manipulada tão grotescamente.
Beijos
Sobre seu último texto, o que tenho a dizer difere um pouco, acredito, do teor dos outros comentários.
O caso Isabella, infelizmente, chocou a todos. Isso é um fato. A forma pela qual o jornalismo atual vem se aproveitando de notícias assim é, em suma, uma vergonha pós-moderna.
É bem verdade que o jornalismo sensacionalista provoca nojo. Isso porque temos a função de informar e sermos imparciais. Porém, nada de hipocrisia porque imparcialidade é algo que não existe em nossa profissão. De uma forma ou de outra, acabamos caindo para um lado.
Entretanto, aqui escrevo fora do quesito jornalista. Quero dizer que, acima de qualquer coisa, não devemos julgar, não devemos apontar, não devemos, nem ao menos, acreditar que nunca possamos cometer um erro, mesmo quando este possa parecer absurdamente impossível de ser cometido por nós.
Cada um tem a sua tarefa. Cada um tem seu espaço. Cabe a cada um aproveitar sua oportunidade e fazer direito. E a nós o dever de saber o que é bom e ruim.
Apareça sempre!
Ci vediamo dopo! Ciao!
vim agradecer pela visita...
volte sempre que quiser...
Abraços...
Os argumentos apresentados são de rir. Outro dia vi um babaca (sei lá quem e nem em que canal) analisando o fato de não ter sido o pai quem ligou para o resgate!! Ah!! Come on!! Se fosse comigo (Deus me livre de uma desgraça dessas), eu também não teria cabeça para pensar em mais nada a não ser em correr para pegar minha filha. Com certeza eu pediria para alguém ligar p o resgate.
Esse bando de imbecís querendo bancar investigador do FBI tá mesmo enojando.
E não se fala em outra coisa. A pobre coitada da menina não consegue nem descançar lá onde quer que ela esteja, pô!
Adorei o post!!
Que tralha de gente!!
ILY
beijo,
Carol.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u393376.shtml
tá difícil...
BjO Ricardo!