ROBERTO FREIRE, 81 ANOS
Jovens, duvidem. A máxima era do Darcy Ribeiro mas se enquadra perfeitamente ao ideário do escritor e terapeuta Roberto Freire que morreu em São Paulo sexta- feira (23) com 81 anos. Roberto era daqueles espécimes de homens e escritores que não se fabricam mais. Um homem em busca de sua própria catarse, um esteta do bom texto, autor de um romance que vendeu a beça em anos idos e vividos e que se chama "Cleo e Daniel". Foi dos grandes textos da extinta e lendária revista "Realidade" e criador da "Somaterapia" criada a partir dos ensinamentos de Reich. Eu o entrevistei algumas vezes mas nos derradeiros encontros fiquei meio triste ao tentar entender como um homem que no passado respirava tanta juventude, vivacidade , inquietação e rebeldia pudesse ter se tornado uma pessoa tão amarga e triste com a vida que tinha e mesmo com a vida que levou. Cheguei a comentar o assunto com o filho dele, o escritor e violeiro Paulo Freire.
O "Bigode" deixou ensinamentos, contradições, inquietações. Mas seu pessimismo e tristeza nos últimos anos de vida me apavoram pois fico me espelhando com medo de me transformar mais velho num descrente como ele já que ando acumulando muita desesperança profissional e descrença ao redor desse universo de constelações de vaidades que gravitam no mundo da mídia. Roberto Freire foi embora e fará falta num país onde confundem o nome dele com o do Roberto Freire pernambucano, politico e oportunista, que apequenou sua biografia ao se aproximar e depois romper com gosmas ideológicas como Ciro Megalô Gomes e outras hecatombes. Deu no que deu . Seu PPS é um nada. Mas estou aqui para homenagear outro Roberto Freire. E não direi para "que Deus o tenha" pois não creio que a essa altura ele fosse crédulo no que quer que seja.
O "Bigode" deixou ensinamentos, contradições, inquietações. Mas seu pessimismo e tristeza nos últimos anos de vida me apavoram pois fico me espelhando com medo de me transformar mais velho num descrente como ele já que ando acumulando muita desesperança profissional e descrença ao redor desse universo de constelações de vaidades que gravitam no mundo da mídia. Roberto Freire foi embora e fará falta num país onde confundem o nome dele com o do Roberto Freire pernambucano, politico e oportunista, que apequenou sua biografia ao se aproximar e depois romper com gosmas ideológicas como Ciro Megalô Gomes e outras hecatombes. Deu no que deu . Seu PPS é um nada. Mas estou aqui para homenagear outro Roberto Freire. E não direi para "que Deus o tenha" pois não creio que a essa altura ele fosse crédulo no que quer que seja.
Comentários
abraços
Quando vejo veneráveis virtudes em alguém fecho os olhos para seus defeitos e toco em frente. Acho que a vida me ensinou a fazer assim, e não tenho me arrependido. Há flores que nascem nos pauis, e só os olhares imparciais sabem vê-las, bem como, admirá-las, só os de coração mais nobre.
Parabéns pela generosidade de alma e pelas constantes lições de inteligência e sabedoria.
Grande combatente da justiça e liberdade, seu legado será para sempre um caminho para as novas gerações.
Beijo