O PRECONCEITO SEGUNDO DIMENSTEIN
Nem me julgo mexendo num vespeiro porque o jornalista Gilberto Dimenstein se tem em tão alta conta que nem se importaria com ácidas observações de um escriba hoje fora da grande mídia. Ele é do tipo que só polemiza com quem vale a pena ou angarie mais bonus tracks para os seus propósitos, digamos, humanitários. Não deveria me importar com o que diz ou pensa Dimenstein pois não me incluo entre sua legião de fãs, antes ao contrário. Vejo-o com dois pés atrás mas isso não vem ao caso como não vem ao caso discorrer sobre o ego superlativo do jornalista e sua fala pseudo-catequizadora. Apesar de não me importar com Dimenstein, não frequentar os mesmos ambientes dele, nem partilhar das mesmas idéias tenho alguns conhecidos em comum com ele .E como alguns sabem o senhor em questão é um dos "golden boys" da Folha de S.Paulo e se você der azar como eu dei ontem, em uma confortável rede de dormir em São Francisco Xavier, pode esbarrar com um dos muitos textos pueris que o escriba comete na dita Folha. Geralmente como nada me acrescenta eu passo batido pelos textos dele. Mas ontem , masoquista que sou, avancei na leitura de uma pensata desse gênio tropical que atribuía, a grosso modo, que a barbaridade cometida contra a estudante Geisy na tosca Uniban tinha a ver com a ascensão das classes C e D à Universidade . Enfim fez-se um clarão no fim do túnel de minha existência e surgiu alguém para me explicar o que aconteceu. Os pobrões são mais vulneráveis à provocação de portentosas coxas morenas mal escondidas por minissaias do que os ricos. Por isso se sucedeu a barbárie. Porque os pobres chegaram às Universidades, mesmo que péssimas como a Uniban. Obrigado Dimenstein por me esclarecer! obrigado por deixar claro para nós que todos os estudantes das boas universidades são exemplos de ética, civilidade e respeito aos direitos humanos como podemos ver todos os fins de semana nas "baladas" da Vila Olimpia ou Vila Madalena apenas para citar dois pequenos exemplos.Obrigado por deixar claro que os garotões e patricinhas de Higienopolis, Jardins e Alphavilles da vida são exemplos de tolerância , ausência de preconceitos, meninos e meninas bem nutridas com educação exemplar. Obrigado por deixar claro pra gente que educação e preconceito é uma questão de classe social. As classes A e B do Brasil e de São Paulo tem mesmo dado exemplos lindos de como somos pouco individualistas e respeitamos o direito dos próximos. Aqui, no Rio , em Brasília, Salvador, Fortaleza e Manaus a culpa das mazelas é das classes C e D. Ainda mais quando "essa gente" chega na Universidade né ? olha só que papelão eles fazem né ? e ainda bem que eles não lêem as estultices que você escreve senão o couro comia pro seu lado né não ? ufa, que sorte a sua que temos gente tão ignara sem ler jornais né ? E que sorte a nossa de termos esse poço de luz , esse farol de sabedoria que é você! me sinto contemplado ... você ontem me explicando estas coisas de classes " C e D" deixou o meu domingo mais feliz.Quanta sabedoria num mar de alegoria.
Comentários
Putz.
Tem uma coisa que eu não consigo entender: por que sujeitos como Dimenstein, Rubem Alves e Gabriel Chalita são chamados para falar sobre educação? O que os credencia a falar sobre o assunto? Tá, Rubem Alves (que tem também uma legião de fãs xiitas) tem lá algo a dizer ( embora eu discorde 100%), mas Chalita e principalmente Dimenstein??? O que esse último fala e escreve sobre educação é risível.
Obrigado, Ricardo, por escrever essas palavras sobre o "zenial" Dimenstein. São poucos que fazem isso.
Os paulistanos merecem o trânsito e os cariocas merecem os morros, e Brasília e brasileiros merecemos cancros como Edison Lobão.
E você, Ricardo, espero que mereça essa boa rede em São Francisco Xavier.
Que sujeito esse! Pior é que, apesar de ler esse jornal bissextamente, vez em quando caio em outra que é o comentário dele de manhã na emissora que troca noticia.
Lamentável.
Cultura não se compra e pq causa desse povo mtas vezes com dinheiro mas sem cultura é que um sujeito desse fica vaidoso , achando que pode tudo.
Bjs
Alvaro
Muito obrigada!
Abração!