poema do passado com utilidade presente...
A CARNE
Estou preso à carne
Aos males de bocas úmidas
E secreções
Ao polvo que nos emoldura
Em pés, braços, genitálias desnudas, mãos
Estou preso a seios, colos
Cores do íntimo da devassidão
Ao epicentro despudorado do coração
À raiz do teu tabu e da ereção
Ao jato da ejaculação
Estou preso aos péssimos costumes
E à penetração
Ao tubo do ciúme e da razão
À vela que te queima o dedão
Ao beijo, ao felatio, à sodomização
Verdade que não quero salvação
Quero uma placa, uma faixa, uma inscrição
Que me festeje como o esteta do tesão
***
Ricardo Soares
12/03/91
Estou preso à carne
Aos males de bocas úmidas
E secreções
Ao polvo que nos emoldura
Em pés, braços, genitálias desnudas, mãos
Estou preso a seios, colos
Cores do íntimo da devassidão
Ao epicentro despudorado do coração
À raiz do teu tabu e da ereção
Ao jato da ejaculação
Estou preso aos péssimos costumes
E à penetração
Ao tubo do ciúme e da razão
À vela que te queima o dedão
Ao beijo, ao felatio, à sodomização
Verdade que não quero salvação
Quero uma placa, uma faixa, uma inscrição
Que me festeje como o esteta do tesão
***
Ricardo Soares
12/03/91
Comentários
Prosa e verso devem ser despudorados.
PROSA E VERSO DEVEM SER DESPUDORADOS, SEMPRE.
o PUDOR, O FALSO PUDOR, MATAM A ARTE.