TIO BOONMEE
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Vi e não sei se gostei o filme do tailandês Apichatpong Weerasetakhul, "Tio Boonmee que pode Recordar Suas Vidas Passadas". Tão dificil quanto pronunciar o nome do cineasta é tentar rotular o trabalho que tem o mérito de não fazer concessões a ritmos ligeiros do cinema ocidental e nem de ficar bem perto do limite entre o poético, o bizarro, o nonsense, o surreal e o belo.
Para quem está procurando um filme com sustos , urros de horror,sangue e miolos ou mesmo situações de muito medo diante da morte e da vida depois dela pode tirar o vampiro do sereno. O filme lida com a morte de maneira plácida, serena, morte como consequência da vida, intenção essa deixada bem explicíta numa bela sequência rodada dentro de um templo budista.
Dizer que vi e não saber se gostei ou não do filme é apenas uma maneira de deixar claro que ele causa estranhamento. Momentos de plasticidade incriveis com segundos de absoluto tédio visual. Mas é esse paradoxo que nos inquieta e prova que em cinema tudo continua sendo possível quando o "artista por trás das câmeras" não de pauta por clichês... pelo sim , pelo não tem que ver.
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