Última nos 53...
Eu poderia escrever tal qual uma rádio relógio... em Brasília são 14 horas e 49 minutos. Mas prefiro me localizar mais pelo tempo que sai do quente para o frio, pelo ar seco, pela observação das pessoas que oscilam entre vestimentas formais e usuais, pelos pronomes de tratamento sempre escolhidos a dedo diante das "otoridades" de plantão no Planalto Central do Brasil. Aqui encerro meus 53 anos e mergulho dentro de horas nos 54 anos. Difícil a confissão de meia idade numa época em que juventude passou a ser pré-requisito de currículo. Mas assumo a diversidade de sensações dos meus "anos 50" que imaginei mal iniciados mas que agora se converteram em anos conformados. Nada há nada a fazer e vou tirar proveito disso.
Em nova e desafiadora fase profissional me enxerto de novo ânimo e creio ser possível tentar o impossível de forma que imagino ainda levar os estandartes da juventude sem esmorecer. Posso desistir mas jamais sem tentar. E ,até para rimar , eu jamais poderia imaginar que fosse completar 54 anos em Brasília e suas cercanias visto que essa cidade pra mim ainda é uma esfinge que não me devora nem me apavora mas me deixa sempre perplexo.
Pouparei amáveis e prováveis leitores de minhas digressões pueris sobre a cidade de Juscelino . Mas aqui e agora é o meu destino. Amarrado ao meu pé como um chocalho. Tentando, ainda hoje, tantas décadas depois da primeira visita à cidade, entender suas quadras e super quadras e o super dimensionamento das boas e más ações que aqui se executam. Aqui no Planalto Central uma missão em torno da comunicação pública me foi confiada. Olho em torno e pergunto : "é comigo mesmo ?". E o jovem que fui lá longe responde : "é com você mesmo tiozinho! agora desfaça o novelo e siga o seu caminho". Que assim seja.
Comentários
ps. Carinho respeito e abraço.
Jair...bom reencontrar aqui telespectador antigo de um tempo legal, o início do Metrópolis. Aquele abraço pra vc...