devorado pelo sol
Naquele noite fria,
ui que alergia,
acordei de sobressalto
abri a janela
um disco voador não me acudia
acendi uma vela
reavivei o lampião
lembrei a velha canção sobre o fogão
telefonei pro delivery :
me entreguem qualquer coisa
que eu possa comer
mas era tarde e a indigestão me rondava
onde é que eu estava ?
na minha casa bem assombrada
num apartamento sem sacada
num penhasco remoto onde ondas rugiam nas pedras ?
a noite ficou dia
e diante de mim garoava
enquanto o sol, sempre ele, me jantava...
***
Ricardo Soares- 26 de julho de 2013
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