A campanha massiva contra as ciclovias paulistanas
Nem vou entrar no mérito se o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, agiu de maneira açodada ou sem o devido planejamento ao começar a implantação das ciclovias em São Paulo. Parece que isso é fato pelo menos em alguns lugares. O que não se leva em conta é que o prefeito não está no afã jeca que muitos imaginam de inserir São Paulo como uma capital de primeiro mundo ao implantar ciclofaixas e ciclovias. O que está claro e só não enxerga mesmo quem não quer é que ele pretende iniciar ( alguém tem que fazer isso!) uma política onde o automóvel não esteja em primeiro plano na política de mobilidade urbana como sempre esteve. Sua boa birra em insistir no assunto provocou uma avalanche de críticas de todas ( absolutamente todas) rádios de São Paulo e não apenas a caretésima "Jovem Pânico". Parece uma ação orquestrada e vai ver não é . É apenas reflexo do espirito tacanho e excludente de boa parte da população classe média paulistana que sempre quer mais espaço para estacionar seus carrões e congestionar ainda mais a cidade, se é que isso é possível. Ah, antes que eu me esqueça : usar do argumento de que as ciclovias estão vazias é de chorar de rir. É óbvio que o prefeito colocou as ciclofaixas para forçar o hábito da população pedalar, enxergar que existem outras alternativas de transporte. Agora seria bom que o partido que ele também representa aplicasse isenção de impostos nas bicicletas para que todos pudessem ter as magrelas e também desacelerasse a insanidade de fabricar e vender mais e mais carros. Mas esse tema , indústria automobilística, é um tremendo tabu para o PT que como todos os outros partidos parece não ser adepto da sustentabilidade.
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