Das leituras e não leituras de 2017
Se há uma "modinha" bacana nessas redes sociais e essa ainda não tão difundida das pessoas postarem os livros que leram no ano que se encerra.Nunca tinha feito isso e estou aderindo com alegria. Porém acrescentando fraquezas que as pessoas geralmente não admitem.
É que as pessoas colocam apenas os livros que leram,ou fingiram ou tentaram ler.Estou fazendo uma listinha honestíssima e admitindo minhas fraquezas. A primeira pilha que tem 10 livros foram os que efetivamente li de cabo a rabo, sem interrupções, em poucos dias. A segunda pilha, mais "problemática", 22 livros, foram aqueles que avançaram mas por motivos diversos foram interrompidos. Ou por terem empacado, ou por ter desviado deles por algum motivo , geralmente trabalho ou dispersão mesmo. Tanto a primeira quanto a segunda pilha tem observações - talvez interessantes ou inócuas, sei lá- para leitores em geral.
Na pilha dos livros lidos há duas releituras pois já cheguei na idade de "reler". São eles " O Estrangeiro" de Camus e "Paris é uma Festa" do Hemingway. O que me motivou a releitura do segundo foi ler o saboroso "Paris não tem fim"de Enrique Vila Matas.
Paris seguiu sendo foco com a leitura interrompida de "Paris a festa continuou" de Alan Riding e "O Hotel na Place Vendôme" de Tilar J. Mazzeo que repassa muitas histórias do lendário "Ritz". De todos os livros interrompidos da segunda pilha de 22 pretendo dar cabo no ano que se inicia com outras pendências de leitura. Sigo acumulando mais livros do que posso de fato ler e a lista não inclui livros folheados, manuseados e aqueles que li meia dúzia de páginas. O grande denominador comum disso tudo é aquela eterna frustração resumida em precisa frase de Schopenhauer que dizia que "seria muito bom que ao comprarmos livros também comprássemos tempo para lê-los". Sigo frustrado por não ter tempo de ler mais. Sigo frustrado porque quanto mais leio me sinto mais ignorante e por fim com tantos apelos e pendências pretendo chegar perto do leitor voraz que fui quando jovem. Para isso haverá de contribuir um curioso "passaporte de leitura" que me foi presenteado pela sobrinha Manuela onde se anota o dia em que se inicia a leitura de um livro, o dia em que se termina e as impressões genéricas sobre ele. Hábito que eu cultivava na adolescência e que vou retomar às portas da terceira idade. Por fim, pueril ou não, "Viva a leitura" esse bálsamo para os dias terríveis que vivemos. E feliz ano de leituras novas para todos.
Comentários
minha retrospectiva http://mataharie007.blogspot.com.br/
beijos, pedrita