os nomes próprios das histórias
Esse é um trecho de um tijolo de mais de 400 páginas que já conclui mas não publiquei.
(...)Por mim
as histórias fluem. Por mim as histórias saem.Mas que nome tenho eu a cozer as
histórias ? Arimatéia se dirijo um caminhão, Evilázio se ergo uma construção.
Mas Beto Diniz se me aventuro, Oswaldo Tupi se me asseguro, Ribamar se poetizo,
sintetizo, ponho a prosa e decreto : meu nome é Anacleto só para dar rima e
combinar com o clima quente e a troça na roça de milho. Pois eu sou é rural.
Sou curau, pamonha, canjica, cozedor de histórias de comida.
Anacleto.Tenho pois um nome antigo. Um nome farol. Um nome que é uma duna de sal em
Macau, a terra do amigo Profeta. Onde o barro branco moldou fendas nas mãos e
feridas nos pés. Mas que sei eu de folclore , ainda mais o potiguar ?
Sei lá
eu de folclore, de Câmara Cascudo, de rio Potengi. O que sei são histórias de
ciganos mineiros, gente montada a cavalo, a esquentar os sertões com suas
panelas de zinco. Sei do que vi e vivi e não do que me contaram(...)
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