Café com o pior dos piores

 

Foi uma pueril reflexão. Mas estarrece quando a gente pensa a respeito. Dia desses aqui em casa, caneca de café nas mãos, ao lado do  Guilherme, filho querido que tem me dado o prazer de sua companhia em vários dias dessa pandemia, ele afirma peremptoriamente, aos 32 anos, que Bolsonaro é o pior presidente que ele já viu na vida o que não é pouca coisa visto que nasceu sob a égide de Sarney e passou por Collor, Itamar e Temer.

Aí eu, 61 anos, estarrecido, me dou conta de que se meu filho acha Bozo o pior dos piores como não achar o mesmo apesar de ter passado além dos acima citados por todos os presidentes do ciclo militar além de Janio e Jango?. A coisa piorou mesmo ainda mais se eu levar em conta que  nasci sob Juscelino.

Que melancólica cena pandêmica na varanda de uma casa sob uma chuva fina quando um pai sexagenário e um filho trintão chegam a modesta conclusão que nascer no Brasil não é sina , é karma diante de tanta iniquidade. Tivemos, na maioria, péssimos presidentes durante nossos períodos de vida e mesmo aqueles que foram melhorzinhos não se preocuparam com temas que seriam cada vez mais fundamentais como meio ambiente e sustentabilidade. Mas isso é outra prosa e não será exagero concluir que mesmo de gerações diferentes é correto dizer que Bolsonaro é o pior presidente de nossas vidas. Quiçá de todos os tempos. E as razões para tudo isso estão contidas em tantos livros que basta citar um deles. Seguimos sendo o país da "Casa Grande & Senzala", aquele do Gilberto Freyre , onde a casa grande dá as ordens e a senzala obedece , é manipulada e vira gado. Hay que tener fuerza para aguentar os tempos presentes... 

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