Involução poética
Involução poética
Como poeta
eu não evolui
Sai cedo do
baile,
Faltei às
aulas de braille
Fiquei cego
de amor
Ao redor de
uma fogueira remota
Perdi o tímpano
direito
E nunca mais
vi muitos dos que estavam ali
À volta...
Amigos partiram
E outros
poucos chegaram
E unidos
prantearam tempos idos e convividos
Se o melhor
já passou
Mas a lua e
o queijo são frescos
Sigo acreditando
Até porque o
tempo passando
Me consolo
com os erros
E acho graça
de alguns acertos
Apertos, sim
, todos passam
Ondas voltam,
brotos vicejam
Boas sortes
só alguns farejam
Sim, involui
, isso é certo
Mas segue
valendo a pena
Ter a poesia
por perto
Ricardo Soares, 31-08-2023, Granja
Viana, Sp
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