SÃO FRANCISCO
SÃO FRANCISCO
Pensei
que o santo me olhava
e de
soslaio reprovava
a
benção que não me deu
Mas, na
verdade, o santo se encantava
com o
pássaro que em seu ombro pousava
distante
do ombro meu
O santo
santinho admirava
a
caravana que passava
e o cão
que longe ladrava
Mas, na
verdade, o santo sua mão encostava
na
minha alma de lava
no
centro do meu vulcão
O santo
minha angústia lavava
expondo
minha dor que escavava
estranha
consternação
Assim
pensei que me olhava
o santo
que me amparava
no
entanto sua infinita paciência
que de
soslaio me espreitava
na
verdade minha alma salvava
Ricardo Soares – 7/12/2000
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