ABAIXE O VOLUME
ABAIXE O
VOLUME
Abaixe o
volume por favor
Apesar de
nem ser tão tarde
Mas há muita
profusão de ruídos
Transmissões,
diálogos impossíveis
Há agapantos
espantos
Literaturas não
comentadas
Estradas que
não bifurcam
Abaixe o
volume por favor
Que a overdose
dos barulhos
Reverberam nos
meus tímpanos internos
Sons de
buracos não fecundos, alternativos infernos
Um, dois ,
três
Abaixe o volume
por favor
Nem é tão tarde,
Mas não faça
alarde
Busco a
profusão dos silêncios
De palavras não
ditas nem escritas
Parágrafos de
histórias nada aflitas
Ricardo Soares, 17 de julho de 2024,
Granja Viana
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