Escrever é orgânico

     


    Escrever é orgânico. Vai daí que sempre me deu a maior gastura essa glamourização do ato de escrever querendo dar auras e sombras a autores , na maioria das vezes, "fraquésimos". Até por isso esses "fraquésimos" valorizam essa glamourização atribuindo-se uma importância que não tem. É parte desse jogo de fogueiras das vaidades que virou a literatura contemporânea e não só no Brasil, o país que parece ter mais autores que leitores.
    A tal pueril glamourização faz com que esses escribas saiam por aí em "mentorias" e "curadorias" ensinando o que não aprenderam a fazer : justamente escrever sem esqueminhas e planilhas, deixando o barco correr . A tal escrita orgânica que não fazem ideia do que seja.
    Apresentar escritores como incensados do Olimpo, superdotados que dominam uma técnica quase inatingível é contraproducente para esse país de parcos leitores. Escrever é preciso , escrever é necessário e escrever é orgânico. E nem precisa de talento para isso, convenhamos. É só deixar fluir a inteligência, ou melhor, a intuição natural. O resto só os transforma em inteligências articificiais, profundamente tediosas. Escrever é humano e não uma planilha de excel.

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