TROPA DE ELITE


Prometo, prometo, prometo que não serei mais um dos milhares de blogueiros que vai ficar tecendo loas a TROPA DE ELITE . Também prometo que não serei detrator gratuito do filme só pra fazer a linha oposição . Os produtores estão lançando o filme antes do previsto porque as cópias piratas se multiplicaram como as asneiras de Ciro Gomes e ninguém aguenta mais ouvir falar do filme. Só tenho a dizer que acabei de ver o filme e achei muito bom com todo desconto que se deve dar a uma produção realista baseada em fatos reais o que pode parecer uma redundância mas é uma diferenciação. Há anos atrás fiz um documentário e um programa da série "Caminhos e Parcerias" da Tv Cultura sobre o morro do Pereirão , Laranjeiras, Rio de Janeiro. Ali se tentava a pacificação da comunidade primeiro pela ocupação e presença do BOPE ( a estrela do filme TROPA DE ELITE) e depois pela presença de outras entidades que fariam a "ocupação cidadã" do morro. Isso era a tentativa de uma politica de estado executada pelo Luiz Eduardo Soares então subsecretário de Segurança e coordenador de Segurança, Justiça e Cidadania do Estado do Rio de Janeiro entre janeiro de 1999 e março de 2000. Ele é o co-autor de ELITE DA TROPA , o livro no qual se inspira TROPA DE ELITE. Lembro de muitas cenas do documentário como um baile funk gravado no alto do morro . E lembro que tanto a presença da minha equipe como do Luis Eduardo no alto do Pereirão deveu-se ao trabalho do BOPE. Não é um elogio , apenas uma constatação. Adoraria saber hj com detalhes como anda o Pereirão, o BOPE e os próprios ideais quixotescos do Luiz Eduardo. E a pergunta óbvia que não quer calar é uma só : o Rio tem solução ?

Comentários

Valeu pela ilustre visita ao meu humilde blog, Ricardo. Sobre o Rio, Acho que tem solução, mas acredito muito que isso vai depender de uma mão divina.
A frase da abertura do blog foi uma fala do Beto Bruno, vocalista do Cachorro Grande, à revista Rolling Stone.
Beijos!!
Edna Federico disse…
Puxa, cara, eu como brasileira gostaria muito que tivesse, mas confesso que em questão da violência que nos assola, cada dia mais estou sendo realista do que otimista.
Não vi o filme e nem sei se tenho vontade de ver, fico muito mal com cenas de violência...vou pensar.
Beijo
Cris Martins disse…
Já li muitos comentários na BLOGSFERA e to loquinha pra ver...
Bjs e obrigada pela visita
Tania Celidonio disse…
THE END, ACABOU-SE! FOI BOM PRA VOCÊ?

Terminou a maratona do escurinho carioca. Meu último filme foi A CHACUN SON CINEMA/A CADA UM SEU CINEMA, uma colagem de filmetes de 3 minutos que se transformou num longa de 120. O filme é uma homenagem aos 60 anos do Festival de Cannes e foi exibido este ano para a platéia que compareceu às salas de cinema do glamuroso balneário francês.
Imagine juntar uma turma da pesada - Cronenberg, Nanni Moretti, Lars Von trier, Lelouch, Takeshi Kitano,Iñarritu, Ken Loach, Angelopoulos, irmãos Cohen, Walter Salles, Wim Wenders, Atom Egoyan, entre outros, e ainda os chineses difíceis de pronunciar e de escrever - em torno de um tema,o cinema. O resultado? Várias pequenas obras primas, alguns filmetes medianos,outros mais fraquinhos. Mas quando o diretor da vez acertava a mão era deleite puro. Dava pra sentir no ar aquela energia única que todo cinéfilo identifica na atmosfera do escurinho.
I Kill
Sabe aquele cara pentelho, às vezes até amigo, que vai com você ao cinema e resolve te alugar com uma conversa paralela sobre o próprio umbigo? Pois é, esse cara está lá nos 3 minutos de Lars Von Trier. Sensacional! A platéia aplaude em tela aberta a atuação e a reação do ator/diretor!
Nanni Moretti, um dos italianos que admiro já há alguns anos, fez outro registro muito interessante da relação cinema/espectador. E a dupla de repentistas Castanha e Caju, na montagem de Walter Salles, deve ter arrancado olhares perplexos e gargalhadas dos espectadores de Cannes, já que a tradução dos repentes, em inglês, ficou muito engraçada.
BIG LOVE
Nunca tinha visto tantos cineastas famosos e talentosos, de gerações diferentes, reunidos num único filme. O investimento da turma de Cannes provou que pequenos recortes podem contar uma história universal, uma narrativa muito além da telona. Uma espécie de relacionamento íntimo que passa pelo saco de pipoca, pelo lanterninha, pela bilheteria, pelo conforto das poltronas, pelo espectador ao lado e pelas horas de escurinho em que pensamentos e ações fazem parte de uma outra dimensão, aquela que pode ser situada entre o sonho e o quase despertar. Uma solidão absolutamente deliciosa, mesmo quando pontuada por angústias e desilusões. A chacun son cinema!
Davi Calil disse…
Oi Ricardo,

Meu nome é Davi Calil, trabalho com ilustração e história em quadrinhos e dou aula de desenho e pintura na Quanta Academia de Artes.

obrigado pela visita no meu blog e pelo comentário... adoro a revista Raiz...

bom eu trabalho com ilustração editorial sim... avise se tiver algum interesse.

abração
Anne disse…
Ai,ai...to curiosa pra ver esse filme, viu??? Mas acho que vai demorar um tanto ainda pra eu conseguir! De qualquer forma, tá na lista!!!
Se tem solução??? Gosto de pensar que tudo tem solução, mesmo que leve anos e anos de trabalho duro e conjunto...até pq, o RJ é lindo demais, imagina como ficaria sem violência e sem tanta desigualdade??? O paraíso...
Bjos, Ricardo!
A Autora disse…
AMEI o filme, Ricardo.
Fiquei curiosa a respeito de seu comentário no ninho. Foram poucas palavras, e dois mistérios a desvendar. Vou vasculhar mais seu blog e tentar descobrir respostas...
Valeu a visita.
Anônimo disse…
Eu ainda não vi o filme, mas já li tanto a respeito que estou curiosa, mais por acreditar no cinema nacional e torcer para que esta arte cresça e caia no gosto popular, que crie este debate entre a sociedade. Dizem “que a esperança é a última que morre” se não foi atingida ainda, espero que o país inteiro tenha jeito. Abraços
Reiko Miura disse…
Um dia desses estava zapeando e vi um pedaço de um documentário sobre tortura. Acho que era na Globonews. Em uma parte, mostrava uma foto de dois policiais apertando a cara de um sujeito antes de colocá-lo no camburão e quase colando a cara dele na câmera. E o narrador dizia algo do tipo "nenhuma organização de direitos humanos apareceu no dia seguinte pra protestar contra a violência policial". Falava-se num certo "pacto", em que a sociedade passara a tolerar a tortura.

Você deve ter visto isso na Colômbia também. É um silêncio meio consentido. A indignação está lá, mas as ações não se concretizam.
Este comentário foi removido pelo autor.
Nêgo, vi o filme ontem!!
Fiquei triste ao constatar que aquele meu mundo não existe.. aquele, sabe?? Em que eu sonhava que era possível consertar o mundo?? Pois é.. ao sair do cinema pensei:num é que o meu "pink world" não passa de uma invenção deliciosa de minha pequena mente brilhante?? hehe Descobri que só o MEU mundo é cor-de-rosa :(
Meu amigo me disse, ao saírmos do cinema: só nos restou entregar a carta de demissão ao Senhor nosso Deus!! A solução é pedir demissão desse mundo!!
Que chato isso, viu!!!
Adorei o filme, apesar de ficar enojada ao ver o que eu sempre chamei de "síndrome abraço à Lagoa Rodrigo de Freitas, dita aos berros pela "big screen"!!
Sempre disse que ´emuito fácil organizar "abraço à lagoa e depois discutir o evento pitando uns.. E esses "atores" que se ENVOLVEM nessas manifestações mas são pegos comprando baseado em portas de hotéis no sul do país??
Quanta hipocrisia!!
Esse é o mal que nos assola!!!
Saudades do meu amigo!!
Quando virás à BH???
O povo clama por ti!!
beijosssssssssssssss
cigANA!!!!

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