DE VOLTA A SP, COM PAULINHO DA VIOLA

Pode ser lugar comum mas quem inventou que Paulinho da Viola é um príncipe acertou na mosca. Mas ele é um príncipe apenas no bom sentido da palavra. Pelo seu porte, pela sua elegância, por sua tradição, talento e própria majestade. Por sua serenidade. Nunca na vida tive o prazer de assistir ao vivo um show do Paulinho e nem de vê-lo pessoalmente. Até a noite passada. Depois de longa maratona de trabalho de quase 20 dias no Rio voltei a São Paulo na derradeira ponte-aérea da terça - feira. Na sala de embarque passo os olhos em um livro e quando os levanto tenho diante de mim o Paulinho ao lado de uma linda e jovem morena que não desvendei ser sua filha , sua namorada ou sua assessora. Com a elegância de sempre ele olhou em volta e saiu do meu campo de visão. Embarcamos no mesmo avião e eu fiquei pensando que só poderia ser abençoado um vôo com Paulinho da Viola. Mas como nem tudo no mundo é a perfeição, numa poltrona quase ao lado da minha veio um atoreco global chamado André ( desconheço o sobrenome), feio como bater na mãe, que é conhecido muito mais pela sua capacidade de levar celebridades à alcova do que por seu talento dramático. Dizem que esse sujeito é dado a ter ataquezinhos de estrelismo em vôos em busca de notinhas nas revistas hediondas de celebridades como a que ele lia ontem com vivo interesse. Torci para que ele não tivesse um ataquezinho assim ao meu lado obrigando-me a torcer seu feio pescoço. Por sorte Paulinho da Viola abençoando nosso vôo evitou que tivéssemos maiores problemas.