A CULPA É DO FIDEL ? mas Fidel se vai ...

Veja o que são as sincronias da vida. Ontem eu aqui falando do filme " A Culpa é do Fidel !" e , lá em Cuba, Fidel se despedindo do poder após 49 anos. Que consequências isso terá para seu país e para o mundo é o que saberemos a partir de agora quando o sr. George W.Bush , paradigma de democracia, pede uma "transição democrática" em Cuba como se bem ali ele próprio , Bush, não mantivesse um campo de concentração (Guantanamo) que a pretexto de aprisionar terroristas desrespeita todas as convenções internacionais , democracia e direitos humanos. Mas não estou falando de Bush e sim da saída do Fidel, a última lenda viva do século passado que chega viva e já não tão bem disposta aos nossos dias. Referir-me a ele como "lenda" não quer dizer que o aprovo . Fidel é um paradoxo, um enigma, um ditador e um humanista , tudo ao mesmo tempo agora. Sua saída representa simbolicamente ecos de 1968 que reverberam até hoje quando todo mundo comemora os 40 anos daquele ano emblemático. Lógico que Fidel vem muito antes de 68 mas poucas coisas daquele período continuam aí na nossa frente. Nem os filmes de Godard são vistos com os mesmos olhos é bom que se lembre. O fim de Fidel representa o fim de muita coisa. Inclusive , no nível bem prático, provando , mais uma vez, que o jornalismo impresso precisa rever os seus conceitos. Hoje pela manhã comprei O GLOBO na esquina do hotel. Li o jornal mas até chegar ao trabalho e acessar a internet não sabia que Fidel havia caído, notícia largamente difundida pelos portais de notícias. Se os jornais vão dar a mesma noticia amanhã (sem upgrades de análises e repercussões e consequências) pra que servem os jornais mesmo na medida que nos repassam notícias velhas ? os jornais estão mortos mesmo ? Fidel está morto mesmo ?

Comentários

Helen disse…
Jornal de ontem, notícia de ante-ontem? rsrsrs

Acho que vai temperar ainda mais esse momento macarrônico que a "Sociedade Global" -rárá- está atravessando.

Eu quero ver tu-do!

bju!
Lívia Estrella disse…
E aí eu te pergunto:
O que será de Cuba agora??

É triste ter que assumir que a era do jornal impresso já se foi. Pobre Guttemberg. hahaha
Mas é o novo ritmo do mundo, não? Tudo em um minuto.
http://www.ida.org.br/artigos/shumann.htm
Anônimo disse…
Também fico perguntando o que será de Cuba. Será que os refugiados de Miami aproveitarão para organizar uma tomada de poder, agora que o regime está fragilizado?

Obrigado pela visita ao Poltrona.TV. Divirta-se nos Arquivos, mas não repare muitos na bagunça de caracteres. Tive problemas com o servidor e estou corrigindo os problemas de configuração na mão, o que ainda vai tomar um tempo.

Abraços
Mariazinha disse…
Olá Ricardo

Muito obrigada pela sua visita ao meu humilde blog.
Fidel el comandante...
Estou de acordo contigo só tenho pena de não ter ido a Cuba. Agora adivinham-se tempos de mudança e há muita gentinha há espera para ir sugar o sangue aos cubanos.
Veremos.

Um abraço transatlântico e volte sempre para saber noticias cá da terrinha.
Espero, como toda pessoa que preza a justiça e a dignidade, que o povo cubano resista a esses comentários escrotamente demagógicos do Bush cérebro de minhoca velha, e aos patetas pró-Miami, berço da futilidade estilinho Barra da Tijuca.

Recentemente, li uma Caros Amigos especial sobre Cuba, na qual se via testemunhos de cubanos que percebiam uma questão interessante. Eles dizem que o regime de Fidel construiu uma unidade tão sólida em Cuba, que o alarde que se faz sobre a importância fundamental dele-Fidel para a manutenção das conquistas sociais de Cuba é exagerado, no resto do mundo.
Em outras palavras, Cuba, hoje, é muito maior que Fidel para os cubanos. Graças, paradoxalmente, ao próprio Fidel.
Gosto dele. Não se vendeu, e não fica rindo da própria desgraça, como a classe média inocente e egoísta que temos aqui.
E uma coisa é certa: homens como Fidel não morrem. Reverberam em ecos nos sussurros da História.
Os Bushs... ah, esses só sobrevivem nos comentários tipo "mais do mesmo"...

Abração

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