ESMOREÇO



ESMOREÇO

Sem que eu soubesse
o berço esplendido resplandecia
brilhando ao avesso do dia
iluminando as matizes
que saíam da calçada

muito ensina a pátria amada
quando aqui, de madrugada
recordo o melhor dos meus dias

avesso eu não resplandecia
mas sem que eu soubesse
o berço da infância me esmorecia


Ricardo Soares 16/12/2007

Comentários

Ricardo,
confesso que adorei tua visita ao Laboratório. Confesso que gosto do que você escreve. Confesso que gosto muito dessa tua poesia.
E por gostar muito, vou cometer uma ousadia: vou sugerir que a favor da leveza do poema e do último verso, voce retire o pronome "me" e fiquei o teu ultimo verso: o berço da infancia esmorecia.
Mantém o sentido e o poema todo ganha em intensidade pela condensação.
Beijos.
leve solto disse…
Ric, seu lado poeta enaltece seu blog e agracia os leitores.

bj

Mara
Anônimo disse…
Adorei, nossas raizes sempre devem ser lembradas e agradecidas. Adoro poesia.
Mas não desanime, porque apesar das paredes, existem as nuvens.
Chellot disse…
Esmorecer também nos fortalece.

Beijos de sol e de Lua.

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