QUERIDOS AMIGOS 2

Nem estou me justificando, mas estou... há tempos não acompanhava nenhuma produção de dramaturgia na tv como venho fazendo agora com "Queridos Amigos" escrito pela Maria Adelaide Amaral e em cartaz na Tv Globo. Como disse nesse blog a leitora Pan a trama tem ecos de "Invasões Barbáras" o filme de Dennys Arcand. E como lembrou a leitora Ingrid Guerra a produção é de primeira qualidade. Os atores pero no mucho. Continuo achando muito fraco o tal Dan Stulbach que empresta caras e bocas ao seu atormentado Leo. Lacrimeja muito , faz discursos e carinhas "fakes" e não convence o telespectador de seu dilaceramento interno por conta de uma doença fatal.Isso sem falar que ele e a personagem de Débora Bloch (Lena) passearem pelo largo do Paissandu e viaduto Santa Ifigênia, centro velho de São Paulo, em plena madrugada e sairem ilesos só pode ser possível mesmo numa obra de ficção. Mesmo em 1989 a barra ali já era pesada depois das 10 da noite. Também servir pipocas de microondas para as crianças em 1989 é fora de contexto já que tal produto não existia. Tirando esses poréns, que toda produção tem, bato palmas à intenção geral da trama que bota no centro da cena valores caros a todos como a amizade, o sentido da fraternidade, o humanismo , a busca em comum por valores que vemos cada vez mais diluidos na nossa vida comunitária. Engraçado é que numa reunião de queridos amigos, onde a tendência a esquerda é predominante, não se ouça nenhum diálogo onde a tv globo seja execrada pois , ironia das ironias, os tais ideais que ela agora expõe como ficção em suas tramas foram sistematicamente combatidos pela instituição que apoiou todos os governos militares, ignorou a emenda das diretas-já e trabalhou arduamente pra transformar Collor em presidente da República. Mas também seria muita ingenuidade de minha parte achar que a competente Maria Adelaide Amaral teria liberdade pra tanto.

Comentários

Unknown disse…
Olá Ricardo

Irei a Bogotá em Junho/2008 e preciso de algumas dicas sobre a cidade. Hoteis, passeios, transporte, restaurantes, etc. . . Se for possível agradeço bastante.


Obrigado
Abel
email---- abelcorreia@ig.com.br
Nem vejo, mas respeito os trabalho q ela realiza. Na realidade faz um bom tempo q não acompanho nenhuma minissérie. Já ouvi falar q essa tá boa, mas como as coisas na globo andam tão sem sal ou açucar ainda não quis me aventurar. =*

PS: Tá linkado!
Anônimo disse…
hahaha, vc é um cara turrão mesmo, hein ricardo? agora meteu na cabeça que o dan stulbach é canastrão e pronto: o sujeito tá condenado ad eternum... desarme-se, meu caro: o dan é dos poucos atores com menos de 40 anos que possui talento natural, lapidado em anos e anos de teatro com antunes filho e grupos paulistanos da melhor cepa. só depois disso é que, 'por acaso', caiu nas graças da globo. mas o sujeito é 'do ramo', vai por mim...
Anônimo disse…
Por Hilda vale a pena.
Bjs e obrigada.
Thá Queiroz disse…
Grande Ricardo,
obrigada pelo comentário... confesso que não é difícil debochar de tanta bizarrice com que nos deparamos todos os dias.

Também gostei do seu blog, é acidamente crítico, coisa que eu admiro bastante.

Até mais!
. fina flor . disse…
também fazia tempo que não assistia nada na TV e estou encantada!!

dos atores ele me parece, mesmo, o mais fraco.

e menino, confidi os viadutos lá no FF, rs*, disse que era o viaduto do chá, rs*.

beijos e bom fds,

MM.
. fina flor . disse…
ops, quis dizer confundi, rs*

beijos

MM.
Samantha Abreu disse…
Já ouvi críticas chatas sobre a minissérie.
Ouvi dizerem que não passa de uma cópia de um filme americano qquer, ouvi que o roteiro de amigos que se reencontram tá pra lá de batido... essas coisas.
Eu não ligo.
Pra mim o que importa é a coisa do "toca". Te coisa que toca, tem coisa que não.
Essa minissérie me tocou. Se é clichê, ok, mas é dos bons.
E tô adorando ver.
Aliás, uma das únicas coisas que me levam à tv.
Beijoooo!
Entre tudo que se tem visto por aí, ja é satisfatorio, gosto Maria Adelaide....

Mas como sempre...
A globo....
Eu queria entender pq não escrevem sinopses assim pra outras emissoras...
Eu realmente não sei o que está por tras das novelas e mini series, adoraria saber como funciona.
Marcia Akemi disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Marcia Akemi disse…
Olá,
Pois é, faltou o site. Mas agora, parece que a enquete foi retirada do ar. Vamos ver qual será a próxima deles.. hehe..
Olha, pelo que percebi somos colegas de profissão. Porém, percebo uma "pequena" diferença entre nós. Vc tem um histórico e tanto hein! Minha nossa! Fiquei até com vergonha dessa minha vida de recém-formada e que não sabe absolutamente nada. Só vi por cima o conteúdo do seu blog, mas voltarei aqui, sempre que possivel p/ apreciar os seus posts.
Estou te adicionando, se quiser, me adicione tbm..
Espero manter contato!
Bjos!
Marcia
Ingrid Guerra disse…
Nossa, que honra ser mencionada no seu post, ainda mais depois de ter pagado um micão nos comentários, já que escrevi várias coisas erradas. Ou seja, trocar QUIRERAS por QUIRELAS e QUERIDOS amigos por CAROS amigos. Que vergonha! Onde estou com a cabeça? Bom, desculpe os lapsos. Espero não ter escrito nada errado desta vez! Grande abraço!
Senti saudades do seu canto e que bom encontrar sua crítica à minissérie Querido Amigos. Realmente, ela me fez lembrar o filme Invasões Bárbaras que, com maestria, abordou os dramas pessoais dos personagens para represenar a desconstrução de ideologias num período de pós-queda-do-muro de Berlim e de pós-queda-das-torres. O choque entre os velhos portadores de sonhos e ideologias esgarçadas e o yuppie, símbolo do neoliberalismo e da era global. Mas o filme Invasões Bárbaras trazia uma profundidade nos diálogos que fazia as palavras cortarem feito navalha as nossas almas. Já a minissérie da Globo está longe disso: muita superficialidade e uma abordagem, às vezes, caricata. Mas a trilha salva e os desenhos do Elifas fazem as estrelas caírem até o meu colo no sofá da minha casa....são bárbaros....
Um beijo...
E por falar em TV Globo, convido vc a ler um texto que postei no meu coreto virtual sobre o Fidel...O jornal da Globo do dia 19 me deu ânsia...
Anônimo disse…
Ora Ricardo, mas é claro que eu já tinha vindo aqui no seu espaço. Nos conhecíamos e não nos conhecíamos...rsrsrs. É po´s sobretudo porque durante muitos anos (desde 2000) minha época de motociclista)fui a um encontro em que se vendiam sobretudos de lona (uma firma de SP). Não comprei pelo clima do Rio, mas resolvi, enfim, ser o Sobretudo de Lona. Essa época passou e hoje, de barba branca, sou o Pós Sobretudo de Lona.
G.
http://sobretudodelona.wordpres.com
Katarine Rosalem disse…
Não estou conseguindo acompanhar a minissérie, mas às vezes vejo alguma coisa. E também acho que é uma boa produção.

*Que bom que curtiu meu Notinhas & Curtinhas. Estou experimentando... Espero que volte mais vezes.

Abraços!!!
Sig Mundi disse…
Olá,
Quanto ao que está passando na tv eu não posso dar pitaco nenhum, porque não tenho como acompanhar. rs
Porém, quando vc diz que não havia microondas em 1989, vc está enganado. Já existia sim. Vc se lembra em que ano seu filho nasceu? Pois bem. O micro já estava em nossa cozinha nesta época! rsrsrs (foi inventado na década de 60, e estourou na década de 70!)

bjs, andrea
Thalita Araújo disse…
Olá Ricardo! Obrigada pela visita! Japaratinga é mesmo um paraíso, completo, ainda, pelo charme de não ter multi-vendores e guarda-sóis recheados de publicidade, rs. Acabei de postar mais uma foto de lá. Sobre a minissérie, pouco tenho acompanhado, mas compartilho de algumas considerações, como as sobre o Dan Stulbach. E sobre vc, adorável trajetória profissional! Sou jornalista há um ano e mergulhei na área cultural aqui em MT. Quero nadar muito ainda hheehheeheh Grande abraço!
Bianca Feijó disse…
Fora as excelentes observações tive que rir de algumas partes, como o microondas,do ator Dan Stulbach e o pesseio pelo largo do Paissandu e viaduto Santa Ifigênia em plena madrugada, de fato, só ali mesmo para sairem ilesos...rs.
Estou gostando muito da minissérie,e foi o Dan Stulbach que sugeriu criar a minissérie a Adelaide Amaral após ler o livro.
Pelo menos ele fez algo de bom, mas admito amigo, eu até que gosto dele...rsrs.

Beijos!
Olá, Ricardo! Sei que a retribuição chega com atraso, mas quero agradecer o elogio que fez ao meu blog. Tô aproveitando pra conhecer o seu e adorei!! Abraço
Nêgo, vim mencionar a questão do microondas, mas Andréa o fez primeiro.. vc está perdendo a noção do tempo, né? rsrs
Não tenho visto o seriado, mas tenho visto comentários de que está bem legal... apesar de ser produção global, of course!!
beijocas
Lyn Monroe disse…
Vim retribuir a visita!
e fiquei espantada com um jornalista ter ido parar no meu bloguinho tao sem pretensões! rs
achei q fosse adorar essa minissérie, mas nao me prendeu. Ate gosto do Dan, mas sou obrigada a concordar com vc, nao esta dos melhores nesse papel. Acho q falta carismo, na verdade a historia toda.
Parecida demais com muitos filmes q ja vi!
gostei daqui!
beijos!
Então...
Fiquei decepcionada pois vivi bem essse periodo politico e social e acho que esta devendo muito a realidade.Quanto as suas observações concordo em gênero,numero e grau.Interpretações plastificadas é o q ue estamos presenciando.Mas uma coisa me emociona: A abertura.Ver aquele menino carregando a bandeira nacional e estrelas derramando pela estrada é pura poesia visual.
*O fundo acho desnecessario.
Ricardo Soares disse…
em cima de comentários tão sestrosos/saborosos começo respondendo à andrea, minha filha, e a ana paula minha amiga, cigana mineira... as duas estão completamente equivocadas... em 1989 até existiam microondas mas eram caríssimos e só os muito ricos tinham... agora, pipoca de microondas não existia mesmo!!! e andréa, querida, lá em casa o primeiro microondas só chegou em 1992 quando eu voltei de uma campanha politica em manaus e trouxe um da zona franca... esqueceu mocinha ??? bacios para vcs duas...


todos os outros convivas que comentaram a série parecem formar um consenso de que ela é boa porém já com a receita testada antes em outros filmes e séries... e me parece que os reparos feitos à interpretação plastificada de dan stulbach também encontrou eco aqui... muita gente não gostou tb... enfim, mais uma vez , fico grato pela audiência e vou procurar retribuir a visita de todos os "queridos amigos" blogueiros...
Anônimo disse…
Macho muito doido, venho aqui também pra corrigir você. A pipoca de microondas já existia mesmo em 85. Não era comum mas existia. Lembro que meu falecido tio trouxe pra gente em 81 dos EUA, porém ainda não tínhamos microondas e ficamos só na vontade. Bjs

Salles McCarlley
Renata! disse…
olá Ricardo, tudo bom?

Não tinha reparado muito nas "falhas"...mas realmente gostei do contexto, a amizade!

Beijinhos
Sig Mundi disse…
Então, não esqueci não... mas como boa ariana que sou, bem teimosa, eu lembro dele antes do gui nascer!
kkkkkkk

Vamos comer uma pipoca com guaraná, assistindo um filminho?

bjs, da teimosa, andrea
Ricardo Soares disse…
salles mccarley ...lembro a vc, notável pequerrucha, que a minissérie se passa em 1989 e não 85... presta atenção macho!!!e insisto que os primeiros micros chegaram até nós nesse periodo... vc que é riquinha pode ter tido acesso antes quando o tio trouxe de new yook mas na maioria das casas isso só chegou no fim dos anos 80...beijos... presta atenção macho...

ded's... deixa de ser teimosa! o gui nasceu em 88... não tinha microondas em casa... só veio em 92 quando eu trouxe de manaus... preste atenção ariana!!

beijos
PS. DE MAIS A MAIS MENINAS EU ESTOU DIZENDO QUE O QUE NÃO HAVIA MESMO EM 89 ERA A PIPOCA DE MICROONDAS E NÃO O MICROONDAS... PRESTEM ATENÇÃO MACHOS!!!!
Anônimo disse…
Ric,

O post sobre a minissérie está ótimo. As opiniões dos seus leitores idem. Agora, ver dois "teimosos" discutindo sobre pipocas e microondas, definitivamente, não tem preço!!!

até eu já estava entrando no site da Yoki para ver quando as malditas pipocas engordativas foram fabricadas!!! rs

Vocês dois me fizeram recordar hoje do desenho "Bob pai, Bob filho", lembram??? (vixe, isso é velho né!).

peixe e "peixinha"...rs

A D O R E I ... rs

beijos para os dois! e boa semana!

K.
Anônimo disse…
Deixa de ser teimoso você e presta mais atenção macho doido. Pede logo desculpas... Olha, não tenho nem idéia do que se passa nesse programa da Globo, mas o fato é que existia sim o diabo da pipoca. E como você não prestou atenção no que escrevi explico de novo: a gente não tinha microondas e sim meu tio que trouxe a pipoca em 81. Então em 89, dããããã, ela existia sim, não importa se tinha aqui no Brasil ou não, mas a bichinha já era fato na história microondesca na década de 80. Beijos e saudades.
Salles McCarlley
Anônimo disse…
Ô discussão mais besta
Ricardo Soares disse…
salles, rapariga doida... eu continuo insistindo que em 89 não tinha pipoca de microondas no brasil macho doido... e vc explicou mal para burro esse troço do teu tio trazer a pipoca dos states... foi a pipoca ou o micro que ele trouxe ??? beijos e saudades

k, intrépida...

como vc vê eu e andrea somos farinha do mesmo saco... acho que o frio moscovita está congelando a memória da minha filha...lá na minha ex- casa o irmão dela chegou em março de 88 ...o forno de microondas em dezembro de 92... e assunto encerrado... beijo intrépido e boa semana...

renatinha... gostei de sua visita... volte sempre...
É Ricardo, a minissérie tem um tema maravilhoso, mas alguns atores realmente atormentam. Assisti o começo, mas perdi os dois últimos episódios. Algumas interpretações estão deixando a desejar!
A da pipoca no microondas foi realmente tenebrosa!!! KKKKKKKKKK...
Bjos..

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