ZUENIR VENTURA

Pois ontem foi dia de Zuenir Ventura falar no Salão de Idéias da Bienal do Livro de São Paulo. Ele está lançando pela editora Planeta, numa psicodélica caixa verde cítrica, seus dois livros sobre 1968. Um deles um relançamento revisto e atualizado do sucesso de 1988 que leva o nome de "1968 - O ano que não terminou" e o outro "1968- O que fizemos de nós" onde ele revisita o tema e entrevista personagens capitais daquele período como o ex- presidente Fernando Henrique Cardoso, o ex- ministro e ex- líder estudantil José Dirceu mais Caetano Veloso , Fernando Gabeira e outros. Com a simpatia que lhe é peculiar o Zuenir discorreu serenamente sobre o tema e respondeu com gentileza a todas as perguntas que lhe foram feitas. Quero registrar que apesar de algumas pessoas terem implicância com o lado politicamente correto do Zuenir eu só tenho elogios superlativos a lhe fazer seja pelo belo texto que sempre foi , pela generosidade com que sempre me tratou e pelo chefe justo que sempre me pareceu ser. Em 1983 , jovem repórter do Jornal do Brasil na sucursal de São Paulo, eu cobria alguns assuntos culturais para o então prestigiado caderno B do mesmo jornal que era editado pelo Zuenir lá no Rio. A certa altura ele então enviou um telex ( naquele tempo era telex minha gente !) para a minha chefia em São Paulo solicitando que a partir daquela data gostaria que eu , na medida do possível para uma sucursal , fizesse prioritariamente reportagens para o Caderno B. Esse pequeno e genoroso gesto de certa forma alterou o rumo de minha carreira pois ao passar a assinar com mais frequência reportagens para o Caderno B acabei passando muitos anos no jornalismo cultural. A vitrine do B me rendeu convite posterior pra tomar parte na equipe fundadora do Caderno 2 do Estadão ( em 1986) e por consequência disso tudo acabei tomando parte da fundação do programa Metrópolis da Tv Cultura do qual fui redator e primeiro apresentador. De certa forma tudo isso também foi culpa do Zuenir . Para o bem e para o mal algo do que sou também teve a mão dele. Sou grato e sempre é um prazer ouvir o Zuenir falar como ontem quando ao mediar seu encontro com o seu público leitor pude mais uma vez ter o contato com sua verve humanista .

Comentários

Marcela Sena disse…
olá! Obrigada pelo comentário!
beijos e sucesso para você!
Carol Rocha disse…
Uau! Também quero um 'padrinho' dessa estirpe. rs
Aline T.H. disse…
Ah o Zuenir pode ser o que quiser, na minha opinião, até politicamente correto!

=o)

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