PLANETA FAVELA

"Eu até recomendo um livrinho de leitura não muito agradável, mas que é bom que as pessoas leiam para verificarem como os "sabichões" detonaram os países da América Latina, África e Ásia: o livro chama-se "Planeta Favela", de Mike Davis. Meio apocaliptico, mas interessante".
A definição do Groo é simples e precisa. Davis escreve sobre assuntos que poderiam ser tediosos de maneira muito agradável e disseca em que condições lamentáveis vivem mais de 1 bilhão de pessoas nesse planeta que habitam em favelas. Se formos levar em conta que o mundo está alcançando a marca de mais gente vivendo nas megacidades do que no campo o Apocalipse é agora mesmo. Ainda mais quando cresce em progressão geométrica a devastação e as ações de conservação do planeta ainda são muito menores do que as ações de preservação do jugo da economia de mercado. Idiotas de direita podem dizer que Mike Davis é um pensador de esquerda, assim como idiotas de esquerda às vezes menosprezam os bons pensadores da direita. Enquanto ainda ficarmos nesse reducionismo que desqualifica os debatedores de idéias contrárias por suas opções ideológicas estaremos caminhando celeremente para o fim dos tempos. Por isso ainda me causa tanta fascinação a idéia do anarquismo. Mesmo que utópico. Mesmo que anacrônico. Mas esse é outro assunto.Vim para lhes dizer que aprendi muito com "Planeta Favela". Arrisquem e petisquem.
Comentários
Quanto ao anarquismo, ainda que utópico ou anacrônico, pode ser uma boa maneira de se olhar para o mundo.
Pois é, "Planeta Favela" é uma leitura que pode assustar aos mais sensíveis. Há capítulos e relatos chocantes, como a crise sanitária nestas imensas favelas dos países pobres e principalmente pelos "humanos excedentes" nestes países.
Há quem acuse Davis de ser pessimista, catastrófico e tal, mas ele utiliza dados do próprio FMI e do Banco Mundial e apenas constata que o receituário destes malditos orgãos não ajudou em nada as populações destes países pobres, muito pelo contrário, somente piorou.
Acho uma leitura fundamental, sim. Tanto quanto Paulo Freire, Lima Barreto e Eduardo Galeano ( esqueçam os rótulos, se abandonarmos de vez alguns sonhos, aí estaremos entregues).
Um abraço do simpático amigão da vizinhança, uhauhauhaha!
Abraços
P.S: Aos dois, obrigada pela dica.