VIADUTOS LITERÁRIOS

      Não sei o que o terno, poético e doce cronista e escritor Paulo Mendes Campos acharia ao ver que "post mortem" a prefeitura de Belo Horizonte o homenageou batizando um dos muitos novos viadutos da feia e árida avenida Cristiano Machado com o seu nome. Fato é que ao menos daria uma boa crônica.
      Agora toda a chamada ".linha verde" da Cristiano, para minha surpresa, tem viadutos com os nomes de notáveis escritores mineiros como o já citado Paulo Mendes e mais Fernando Sabino, Murilo Rubião, Oswaldo França Junior, etc, etc... minha dúvida é se devemos comemorar ou deplorar o fato.  Comemorar porque ao menos batizaram esses monstrengos de engenharia com nomes de gente de bem e de muito talento ao contrário do que costuma suceder. No passado Belo Horizonte chegou a batizar uma de suas ruas com o nome de um torturador americano que dava aulas de repressão aos nossos boçais locais. OU seja , bela evolução. Por outro lado a aridez e feiúra desses monumentos áridos não combina com a vida e obra dos homenageados e seria excelente que apenas alguns dos milhares de motoristas e transeuntes que passam sob e sobre esses viadutos soubessem ou tivessem lido um pouco da obra desses escritores. Mas ao fim parece que é melhor ter um viaduto na cidade com o nome de em ótimo escritor morto como Fernando Sabino do que um estádio ( como em Sobral, Ceará) com o nome de Ciro Gomes que além de péssimo e oportunista  político está vivo e bem disposto. Ou seja, Sobral tem muito o que aprender com Belo Horizonte.  

Comentários

Lu Carvalho disse…
Escrevi um texto em meu blog, gostaria que vc lesse, se puder passe por lá.
Bjs
Vou te falar que não havia feito em momento algum essa relação do seu post.

No máximo, lembro que na época pensei: "pelo menos não foi o nome de nenhum deputado, menos mal!"

mas na prática, esses 'viadutos literários' não produzem/produziram nenhum resultado (como incentivar a leitura como devanearam na na época)

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