BAR DO BAIANO- BAURU

    
   Se há um lugar que merece o designativo "miscelânea" esse local é o Bar do Baiano em Bauru, 330 km de São Paulo. Aliás o Bar do Baiano chama mesmo é BARRACÃO mas ninguém por ali o conhece pelo nome e muito menos sabe que o Baiano chama-se Humberto Pérsio de Oliveira um tipo mais que simpático que serve uma comida caseira "da hora" como dizem os manos. E tudo edulcorado por uma quantidade tal de quinquilharias que fazem do point (além dos caldinhos, acepipes e cerveja gelada)um ponto imperdível na cidade.

    O que não falta ao Baiano são histórias pra contar.Cada peça do seu museu tem uma história pois como diz ele, em tom de filósofo, "cada objeto já viveu seu apogeu". Ele diz que ali é um local onde se olha sempre para o retrovisor da vida como podemos notar pelo número de máquinas de escrever em desuso mais telefones de disco e tantos etcs que só vendo pra crer.
    Baiano não está ligando para o valor dos objetos mas para as histórias ao redor dele. Está há muitas décadas em Bauru e é um personagem de mão cheia para qualquer cronista mesmo que pouco habilidoso. Pena que o gênero está em desuso porque senão os aprendizes de Rubem Braga teriam em Baiano um manancial sem fim.
   Baiano e a esposa estão felizes ultimamente. Ganharam uma licitação e estão fornecendo muitas marmitas e engordando o orçamento. Azar da freguesia de fim de tarde que agora só conta com o bar aberto nos sábados e domingos. Durante a semana, pós horário de almoço, Baiano baixa as portas e vai trabalhar indoor na cozinhona quente de onde saem tantos cheiros bons.Mesmo assim fregueses cativos como o ex-jogador de futebol Tupã
(na foto com a esposa)

continuam a bater ponto por lá. É quase certo que o Bar do Baiano não esteja em nenhum guia com os pontos in de Bauru. No entanto se você foi ou vai a cidade e não conhecer esse canto na verdade não terá ido a Bauru. Ou terá perdido algo inesquecível. 
    

Comentários

Unknown disse…
Sem sacanagem! Sinto-me humilhado, sem saber se me enquadro entre o pecador e o pecado! Aprendi, aos trancos e barrancos, esforço natural da vida, que o respeito não é dado, é criado! Seguinte: até Bauru, Ricardo? Vc, pode, irmão! Minha cidade, onde nasci, meus bissavós, estou indo de novo para lá, pelos meus pais, que voltaram para lá. Linda dica!!! Vou visitar no próximo feriado. E eu, filho da terra, vou abraçar o Baiano. E com humildade, falar...sou filho desta terra...e amigo de um cara...que passou por aqui...Ricardo Soares. E pensar na beleza das coincidencias, e, queixo erguido, beber o gole, reservado á todos os espiritos divertidos, finitos ou infinitos.
Obrigado, mais uma vez!

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