Salvador e intolerância religiosa

   

  Há pouquíssimo tempo estive em Salvador no terreiro de mãe Stella de Oxossi, o Ilê Axé Opô Afonjá. Também  há pouquíssimo tempo  acompanhei linda festa de Nossa Senhora do Rosário em Curralinho, cercanias de Diamantina. As duas "visitas" estão registradas nesse blog. Exemplos contundentes de tolerância e sincretismo religioso onde os ritos afro-brasileiros se mesclam com o melhor da tradição católica. Por isso me causa sempre estranheza quando me dou conta que ainda hoje no Brasil a intolerância religiosa encontre eco em alguns setores da sociedade quando a liberdade de culto faz muito tempo é garantida pela constituição.
   Existe uma plêiade de fanáticas barulhentos que teima em reafirmar sua fé detonando a dos outros como fazem certos segmentos evangélicos com os olhares voltados às trevas. Causa ainda mais espanto quando nos damos conta que essa intolerância se verifica na cidade de Salvador, a maior cidade afro desse país. ( VEJA AQUI)
    Parodiando com respeito o líder de todos os católicos só nos resta dizer : "perdoai-os pai,eles não sabem o que fazem". 

Comentários

Jaime Guimarães disse…
Ricardo, depois procure no Google o caso de Mãe Gilda. A Igreja Universal - que persegue o candomblé - publicou uma foto de Mãe Gilda em seu jornal com um título pra lá de ofensivo; depois disso Mãe Gilda faleceu e a IURD foi processada (e condenada) por intolerância religiosa. A data em que mãe Gilda morreu é hoje o "dia de luta contra intolerância religiosa" - deve ser agora em Novembro ou Dezembro, não me lembro.

E logo aqui em Salvador é que essas coisas acontecem! Quase inacreditável...

abs

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