El cielo se derrumbará

     Com a idade tenho a nítida impressão que a gente vai perdendo -ainda bem- a noção do ridículo e a opinião que alguns intelectualoídes ou acadêmicos de aluguel venham a ter a seu respeito não vale nada ou em nada contribui para pagar as suas contas. Isso posto quero dizer que faço da escrita cada vez mais uma atividade terapêutica e divertida. Nada mais quero provar com ela. Apenas que ela me faça bem ao menos como detonadora de catarses. Assim sendo li ontem observações telegráficas e muito bem postas em espanhol lá no Facebook por minha querida amiga colombiana Carolina Osma, produtora e profissional de audiovisual de primeira grandeza. O que "Carosma" escreveu me provocou um feito inédito . Me inspirou criar um primeiro poema escrito em espanhol. Enviei o dito cujo para ela e para a querida Pilar Perdomo outra querida amiga colombiana e excelente profissional audiovisual que colaborou muito comigo. As duas foram muito generosas comigo e disseram que o poema não faz feio. Elogiaram até, inclusive apontando estar correto o espanhol nele contido. Pelo sim, pelo não deixo abaixo para a avaliação de vocês. Para observação ou execração pública.

foto de Nagarkot, Nepal by Anton Jankovoy

El cielo se derrumbará ( meu primeiro poema em espanhol em 11/04/2012)

cuando pienso que la esperanza se ha ido
cuando pienso que el cielo se derrumbará
cuando pienso que los volcanes son arrebatos de ira divina
cuando pienso que el mar se ahogan los justos
cuando pienso que la furia se expresa mejor en español
Recuerdo que no hemos inventado un lenguaje común para la paz

cuando pienso que el lenguaje de la paz un día sucederá
Creo que sólo puede
con la deposición de las armas
de los espíritus
con el apaciguamiento de los espectros
que creen en mayor número de errores
que los éxitos

así que ojo con ternura
un niño cerca de los ferrocarriles
con una cesta de naranjas
recordando que el fin del mundo
es sólo una opción entre muchas que podemos elegir
***
Ricardo Soares 11/04/2012

Comentários

Anônimo disse…
Camarada,
duas belas surpresas em uma só.
O belo poema chamando a inspiração em língua estrangeira; e a beleza iluminada de Nagarkot, vilarejo nepalês que conheço de várias visitas - de onde se avista o Everest ao longe e onde nos faz pensar que o "fim do mundo" tem, sim, várias formas de compreender.

abraciones!
Sergio Tulio
Ricardo Soares disse…
Serginho... grato pelas palavras de amigo...desconhecia que vc tinha ido a Nagarkot;lindo lugar... vc é um privilegiado...abração

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