sempre eterno Edgar Allan Poe

           Quando eu era mais moço me dava um tédio tremendo quando eu lia ou ouvia escritores consagrados ou gente da universidade dizendo que preferia a leitura dos clássicos aos contemporâneos. Aquilo me soava pedante, artificial , denotava uma baita má vontade com a produção literária contemporânea. Sobretudo a brasileira. E não é que muito antes do que eu esperava estou pagando pela língua ?  E não é que estou fazendo valer a premissa do Nelson Rodrigues que dizia "jovens envelheçam" ?
      Ainda não sei se por fastio ou se por de fato encontrar quase nada de interessante na produção literária brasileira atual dei de revirar meus velhos volumes guardados e dar de cara com coisas imperdíveis como os contos de Edgar Allan Poe que li em encarnações passadas aqui mesmo. Eles voltam à minha tona com força total me dando conta do óbvio : o que é bom mesmo é eterno e não se trata apenas de um juízo de valor. Poe é o pai de todos os escritos competentes de horror. Dele derivam todos os demais livros e filmes legais do gênero. Não há Stephen King que se preze que não tenha passado por ele e por H.P Lovecraft. Nesses dias chuvosos,  imerso numa bruminha que nada tem de Avalon reli com redobrado e renovado gosto os incríveis " O Barril de Amontillado", "A queda da Casa de Usher" e o terrível "Gato Preto" e me dei conta de que Poe e sua vida trágica são cenas que se intercambiam e fizeram dele o maior de todos nessa categoria. Que é afinal a categoria da eterna boa literatura. Sem análises pedantes e academicismos tediosos. Bom por si só. Quem nunca leu que corra atrás, por favor.  

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