um mergulho a esmo em Mauá e Utinga


(...)De segunda a segunda eu acho Utinga e Mauá lugares muito feios. Utinga pertence a Santo André. Mauá pertence a Mauá mesmo e por ali viveu em uma época um prefeito tão ladrão mas tão ladrão que queria vender as praças da cidade para que nelas fossem construídos prédios através da empreiteira do seu melhor amigo . Se você acha que isso é mentira vai lá nos arquivos do Diario do Grande ABC e dá uma espiada.
Por ali tem obstáculo de concreto por tudo que é lado. Você é obrigado a ir devagar e a respirar um ar meio pesado. É obrigado a ficar sabendo que volta e meia um caminhão de bebida é assaltado e que nas torneiras jorra gasolina que vem de uma refinaria que fica por ali. Árvore não tem , praia bonita também não tem, rio com patos nadando também não tem . Não sei se tem ginásio com quadra de esportes coberta nem sei se nas quermesses estão dando poucos tiros. Sei que uma vez estive numa festa junina ali por perto e vi dois caras sangrando muito. Um teve a cabeça estourada . Outro perdeu um tímpano e a alegria. Hoje a vida dele é um zumbido só, o que deixa o sujeito tontinho de catar mosca, de bater os dentes, de achar que o pôr de sol de Utinga é mais bonito porque a cor do sol com a cor da poluição forma assim uma outra cor diferente. Uma cor que só se vê se estiver chegando devagar , passando obstáculo por obstáculo e olhando o horizonte. Em segunda marcha (...)

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