No museu das canetas baratas


No museu de canetas baratas
peguei na pena mais antiga e ordinária
e redigi o mais pobre dos manifestos
das penúrias das frases

Me escondi ligeiro
imerso no meu museu pardieiro
onde contrato algum foi selado
porque o declarante sempre muda de lado

No museu das canetas baratas
o que se escreveu não se assina
e o que se assina não se sonha...

Comentários

Dagomir Marquezi disse…
Esse museu já rendeu uma matéria, mas nunca achei que ia gerar uma poesia! A quem possa interessar, Ricardo Soares é curador do museu junto com Lu Gomes.
Cainã Ito disse…
Sensacional Ricardo Soares! Parabéns.Gostei muito deste texto das canetas...
Ricardo Soares disse…
Dagô...estou precisando revisitar esse museu e levar alguns contribuições...espero que mesmo combalido ele nunca acabe...abss


Cainã...muchas gracias por vosso elogio...abss

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