Djalma, Dominguinhos e uma escalação perdida

    


   Foi-se o ex-jogador Djalma Santos, campeão com a seleção brasileira nas Copas do Mundo de 1958, na Suécia, e 1962, no Chile. Morreu em um hospital de Uberaba, Minas Gerais, terra onde vivia. Nasceu na zona norte de São Paulo , na Parada Inglesa. Foi considerado por muitos o melhor lateral-direito de todos os tempos e tinha 84 anos, disputou 111 partidas pela seleção brasileira e atuou por Atlético-PR, Portuguesa e Palmeiras que ao menos o tinha como um dos ícones do clube. Foi o segundo jogador que mais vestiu a camisa da Portuguesa de Desportos, 453 partidas e era uma referência em elegância,delicadeza no trato com a bola.

  O outro venerável morto do dia é o sanfoneiro, músico e boa praça Dominguinhos. E se dou mais tratos à bola ao Djalma não é por conta de desconsideração com o músico. O faço apenas porque o Djalma há de ser hoje menos lembrado. O ponto em comum entre os dois ? A delicadeza sobretudo. A delicadeza que perdemos todos os dias quando nos embrutecemos diante de atos, fatos e escalamos novos ícones que muitas vezes são apenas outdoors ambulantes dos produtos que exibem em suas camisas, corações e mentes. Cinquentão inconformado continuo a querer mais Djalmas e Dominguinhos e menos do que temos. Não vou redundar em amarguras. Mas celebrar aqui o exemplo de postura que foram esses dois belos exemplares de brasileiros. Mestiços como nós, como diria o Darcy Ribeiro.

   

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