O CARNAVAL DO MÉTODO CONFUSO


       Ao ritmo do abrocha a presidenta Dilma Sérgio Sampaio mandou a gente colocar o bloco na rua quando o carnaval chegar. O ministro sem energia, Aldo Torpedo, liberou as torneiras vivas da nação para a momesca tradição solicitando ao ministro Aloísio Demandante  que fizesse tim-tim de pinga com Cinzano  para celebrar o reluz para todos.
       Enquanto isso nos terreiros de Macunaíma da Bahia  a xaxim music, um gênero de inteligência vegetal, toca a valer para gaudio do prefeito Estreito de Magalhães que reservou camarote vip para  bebericar xixi de galinha  com Ivete Galo, Cláudia Copo de Leite e mais meia dúzia de musas da xaxim music com coxas patrocinadas pelas cervejas Drama e Ártica geladas e mortas sobre a mesa ritual. Não há previsão de o governador carioca Luis Ferrando Tesão comparecer à celebração da Bahia visto que tem sua própria festa no Rio  onde no Enrolódromo ele vai apreciar muita coisa entrar na sua avenida adentro. Vai ter festival de mala perdida, pipoco de microondas, arrastão na estação primeira da touceira. A nossa alegria atravessou o bar e ancorou lá na favela . Fez um desembarque fascinante, o maior show pro cabrito que mais berra. Diga espelho meu, se há na avenida alguém mais fodido do que eu.
      Enquanto isso o grupo Novos Moicanos espanca a gramática e provoca chuvas de machetes entre as velhas chacretes. Bundas et Circenses levantam o pano do palco e surgem mais baianos ilustres a destilar profecias carnavalescas : é Gilberto a mil, é Caetano Vagaroso, é Maria Sertânia, é meu nome é Val. Gente sensacional para a qual o carnaval é todo dia. Como sempre na dianteira está a empreiteira INPS a deixar pobre na fila dos pastosos. Mas mistérios gozosos são do carnaval, festa do povo fogoso. Olha aí o poder na ala da frente! E lá vem o governador Reto Bicha, o governador Volponi Perillo, o governador Geraldinho Papa Hóstia, o governador Flávio Dinossauro. E toda a fauna executiva cruzada com as legislativas figuras de Marco Vespasiano, Jair Brontossauro, Eduardo Unha, palhaço Titica sem falar doex -senador macróbio José Caguey no Maranhão que pega carona no comboião.
       Dessa mistura sai nefasta tintura que pinta carros alegóricos com motivos folclóricos de Deus nos salve, Jeová nos acuda, nos guie Pablo Neruda. Eu sei exatamente o que estou dizendo como o sábio profeta e ex-presidente Fernando Envelhecendo Gostoso montado em sua Harley tucana bicando traseiros opositores. O ex- presidente vai visitar no meio da folia, para sua imensa alegria , o túmulo de Ritamar Tranco, mineiro baiano duro na queda, presidente antes dele e eterno ícone mor da província carioca de Juiz de Dentro.  Ritamar, já falecido, foi vice de Bollor de Mello ,um sujeito bem branquelo , Ali Babel de carteirinha que cheirou tudo que tinha. 
     Daqui pra frente não prossigo pois o enredo vira ladainha e o pouco espaço que tinha eu usei nessa mancada. E digo feliz para a macacada penetrar fundo nessa palhaçada com chopp e cerveja choca a cantar abrochas sem toca. Se molhem no rio da tradição esfarrapada que aqui é outra a cruzada. Aqui mouro é cristão, bunda-mole é valentão, branco vira cafuso no carnaval do método confuso.

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