Serge July e o fim das utopias coletivas

      

Serge July, ainda dando a letra

    En passant acabo de ver uma estimulante entrevista concedida por Serge July à competentíssima jornalista Elizabeth Carvalho na Globonews. O sábio e experiente July disse ali não só tudo que eu gostaria de ouvir mas conseguiu fazer uma síntese do que vivemos em todo o planeta em relação à crise do jornalismo que ele aborda no seu recente livro "Dicionário Amoroso do jornalismo" ( sem tradução aqui por enquanto) que eu mal posso esperar pra ler.
        July, é bom que se lembre, já foi uma espécie de "enfant terrible" do jornalismo na França. Foi um dos fundadores do "Liberation" e tudo o que ele disse na entrevista (clique aqui) se aproveita. Mas a conclusão mais óbvia e acachapante que ele observa ( mas que não vi ninguém no país falar) é que hoje não mais existem as utopias coletivas. Quando muito temos (quando temos) utopias pessoais. Bingo Monsieur July! Não temos,entre nós brasileiros, sequer a utopia de vermos as organizações Globo perderem de vez o monopólio da comunicação o que, convenhamos, poderia ser ruim em parte pois nos privaria da competência de alguns poucos profissionais do jornalismo que lá trabalham como a citada Elizabeth Carvalho. Assistem e tirem vossas próprias conclusões. 

Comentários

Postagens mais visitadas