Na janelinha do vagão decaído


Na janelinha do vagão decaído



Você, na estiva
Que copia o poeta Roberto Piva
Saiba que os apocalípticos cenários da cidade de São Paulo
As vezes são ofuscados por uma parca, curta ,ligeira felicidade

Haja força de vontade para enxergar horizontes menos plúmbeos
Mas  faça força, está valendo
Nos obscuros becos grafitados
Nos pseudo- descolados ambientes hipsters
Há uma geração de notívagos tentando ser feliz

O vosso tempo passou, foi por um triz
Quando viste tudo estava longe
Trem da juventude que passou
Agora no espelho da janelinha do vagão decaído
Jaz seu cabelo ralo, antes comprido

Uivo, vagido ou balido
Não sei como farás para ser ouvido
Mas é legitimo vosso desejo
De ser, enfim, percebido




Ricardo Soares – 14-09-2015

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