O MUSEU DAS GRANDES NOVIDADES

   
Nada mais velho do que o novo pelo novo.Desde sempre tenho uma implicância secular com profissionais da mídia que incensam qualquer novidade simplesmente por ser novidade.E escrevi sobre o tema no DOM TOTAL (clique aqui) em texto republicado abaixo.

Nada mais antigo que o tal partido NOVO. Mesmo esse trocadilho infame não é novidade para aqueles que acreditam nessa balela reciclada de DEM com resquícios de respeitabilidade privatista empresarial. Mas não vou me prender ao partido equivocado de Amoedo e sim falar da tal obsessão pelo “novo” no sentido estrito da palavra “novidade”.
Desde sempre tenho uma implicância secular com profissionais da mídia que incensam qualquer novidade simplesmente por ser novidade. Antigamente esses profissionais estavam mais nas páginas dos segundos cadernos que aliás já tiveram muito mais relevância do que atualmente . Os novidadeiros tinham como “habitat” natural esses espaços e deitavam e rolavam em cima de qualquer novo escritor, músico ,dramaturgo ou interpréte musical que aparecesse. Por essa lógica transformaram em gênios arautos da mediocridade quase ginasial em prosa e verso como Renato Russo, Herbert Viana e toda ou qualquer espécie de titã do iê-iê-iê que surgisse. Bastava ser novidade que virava celebridade e o juízo de valor em qualidade não era auferido. Aí então dá-lhe espaço e relevância para as Ivetes Sangalos e Marias Gadus da vida, ainda mais se as princesas baianas ou não forem incensadas pelo mano Caetano, uma espécie de avalista de qualidade que a mídia compra simplesmente por ser Caetano Veloso.
Mas antes que eu destile aqui meu azedume irrestrito ou ofenda os que amam o novo pelo novo devo dizer que o motivo da crônica é porque a tendência de incensar a novidade pela novidade saiu faz tempo dos segundos cadernos e foi para as páginas políticas. Aí volto ao partido NOVO, uma velhacaria disfarçada de novidade. Primeiro achei que fosse má vontade de minha parte mas aí fui ler o ideário de Amoedo e seus cometas e cheguei a conclusão que é melhor decorar e ler em voz alta a obra completa de Arnaldo Antunes do que escutar qualquer tese daqueles que propõe a novidade mas já nascem provectos. Perda de tempo por perda de tempo prefiro os saracoteios textuais e guturais do ex-Titã, há quase 40 anos se vendendo como “novidade”.

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