Confissões de um marcador de livros - 3



CONFISSÕES DE UM MARCADOR DE LIVROS 3

  ( sebos )

          Essas confissões de um marcador de livros poderiam se chamar também de um “mercador de livros”? Não, não poderiam embora eu tenha respeito por eles na medida que fazem os livros circularem livremente e a preços acessíveis. Especialmente os donos de sebos mundo afora onde achei tantas coisas valiosas pra minha biblioteca.

         Não foram poucas vezes que achei em sebos meus próprios livros. Me recordo especialmente de um exemplar muito bem cuidado de “Dia de Submarino” que achei num sebo da Bauru-Sp e assim pude presentear uma namorada que morava na cidade e há muito já deve ter se desfeito do exemplar. Mas isso é outra história.

         Mas, recentemente, soube do caso de um professor e escritor de São Carlos que não tolera achar livros seus em sebos conforme testemunho de uma “sebeira” da citada supracitada. O tal professor quando acha um livro seu nesses estabelecimentos simplesmente compra todo o estoque o que sinceramente não entendo. Achar um livro de sua autoria num sebo não é sinal de desprestígio , antes o contrário. Prova que o livro está vivo e circulando e sempre me fascinou essa trajetória . Saber em quantas mãos pode passar um livro em sua vida útil antes de se desfazer. Livros pra mim sempre serão objetos vivos embora, convenhamos, muitos deles por serem inúteis bem poderiam repousar para sempre em santos sepulcros.   

        

        

        

 

Comentários

Postagens mais visitadas