DEDO NA FERIDA

 


DEDO NA FERIDA

 

Nem sempre lua preta

Nem sempre saco de sangue

Nem sempre tosse, a comprida

Nem sempre a vida dentro da vida

 

Nem sempre biscoito

Nem sempre encardida

Nem sempre boné

Para cabeça perdida

 

Nem sempre estrada, escada

Porta sem saída

Nem sempre rima, frapê

Transgressão consentida

Ou só bilhete de ida

 

Nem sempre camisa manchada

Por cloro, pastel ,intenção homicida

Nem sempre raiz ao quadrado

Palavra forte, conto rude

Dedo em cima da ferida

 

                                               ***

Ricardo Soares – 15/02/2024

 

 

 

 

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