POEMA BARATO
POEMA BARATO
O preço do poema não tem preço
porque o poema não tem valor algum
o poema diluiu-se na prosa
na pétala seca da rosa dentro do livro de Pessoa
O poema inexiste no mundo de cimento
fermento do nada é cuspido,desprezado
é “chato”, dizem os enfermos
Mas se o poema nada vale somos nós os doentes
salpicados de consumo e automóveis,
escorremos lubrificantes por nossas vidas lisas
e mais à frente na curva do caminho
veremos que foi curto o percurso
e partiremos, ocos e inócuos,
homens e mulheres sem sorte
a tentar frear as circunstâncias
acelerados de encontro à nossa morte ...
***
Ricardo Soares, Luanda, 9 de fevereiro de 2010
Comentários
Dentro do livro do Pessoa eu vivi séculos inteiros e ainda respiro melhor quando volto às suas páginas.
Prazer em estar aqui.
Abraço mineiro,
Pedro Ramúcio.
Beijos,
abraços...
Bijão da sua sobrinha que te admira demais!
Gisele... adorei saber que estou "assim tão blues"... um beijo pra vc tão bacana quanto o sorriso que vc dá nessa foto...
Fabrício...pois é, como diram os clichês de filmes de terror eu "sou uma legião"... dentro dela cabem muitos... se esse poeta (também poeta é o que me pergunto) é aceitável fica por sua conta...abraço aliviado por não te-lo decepcionado...
Manu querida... receber manifestações públicas de afeto de vc só me enternece mais e aumenta o rastro de saudade que sinto de vc, sobrinha que tb só me orgulha com suas preocupações humanistas e sociais...se soubesses o quanto Angola precisa de boas almas como vc talvez vc viesse pra cá. Depois te explico melhor tudo isso porque duas semanas após chegar ainda me sinto estupefato... amo vc, se cuida...beijo do tio orgulhoso...
um imenso abraço
Leonardo B.
Bjs